Concentração de gases do efeito estufa atinge novo recorde em 2012

A concentração na atmosfera dos três principais gases de efeito estufa que provocam o aquecimento do planeta bateu um novo recorde em 2012, anunciou nesta quarta-feira em Genebra a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU. As últimas análises mostram que as “frações molares (uma unidade química para medir a concentração) de dióxido de […]

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A concentração na atmosfera dos três principais gases de efeito estufa que provocam o aquecimento do planeta bateu um novo recorde em 2012, anunciou nesta quarta-feira em Genebra a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência da ONU.

As últimas análises mostram que as “frações molares (uma unidade química para medir a concentração) de dióxido de carbono (CO2), de metano (CH4) e de óxido de nitrogênio (N20) alcançaram novos máximos em 2012”, destaca a OMM em um relatório.

Entre 1990 e 2012, “a forçante radiativa (a mudança na radiação do sistema climático) provocada pelos gases do efeito estufa e que provoca o aquecimento global aumentou 32%” por causa do CO2 e de outros gases que retêm calor, indicou a agência. No estudo anterior, publicado em 2011, o aumento era de 30%.

Segundo Michel Jarraud, secretário-geral da OMM, se o mundo continuar por este caminho “a temperatura média do planeta no fim do século pode superar em 4,6 graus a que era registrada antes da era industrial (1750), e em algumas regiões as consequências seriam catastróficas”.

O dióxido de carbono é o principal responsável pelo aquecimento da Terra. Em 2012 a concentração na atmosfera aumentou 2,2 ppm (partes por milhão), contra a alta de 2,0 ppm de 2011. O aumento médio nos últimos 10 anos foi de 2,02 ppm, o que significa que os números de 2012 demonstram “uma aceleração do processo”, segundo a OMM.

O CO2 é produzido pela combustão de matérias fósseis e pelo desmatamento. O gás permanece na atmosfera durante centenas e até milhares de anos, recorda a agência.

“A maioria dos efeitos da mudança climática permanecerão durante séculos, mesmo que as emissões de CO2 parem de repente”, completa a OMM.

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