Cada vez mais campo-grandenses escolhem profissões que exigem deixar a cidade
Para a maioria dos vestibulandos a escolha da profissão vem primeiro em relação a pesquisa de quais cidades possuem a graduação selecionada. Para alguns jovens essa é uma decisão que define não apenas o futuro, mas uma despedida de Campo Grande. Isso porque o sonho não pode ser realizado no mercado local. “Algumas áreas, como […]
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Para a maioria dos vestibulandos a escolha da profissão vem primeiro em relação a pesquisa de quais cidades possuem a graduação selecionada. Para alguns jovens essa é uma decisão que define não apenas o futuro, mas uma despedida de Campo Grande. Isso porque o sonho não pode ser realizado no mercado local.
“Algumas áreas, como por exemplo, determinados segmentos da Engenharia conduz o jovem a pensar nos grandes centros. É uma mudança de cidade que vai determinar a carreira e também a constituição da família dele, pois seria difícil um retorno já que isso dependeria do desenvolvimento local. Para esses candidatos sempre procuramos conversar sobre as reais chances de mercado e também auxiliamos em pesquisas das universidades, e dos cursos”, explica o coordenador de um cursinho, Dejayr Lopes Júnior.
O coordenador acompanha de perto a construção do sonho de Thiago Nishimura, 18 anos. O aluno deseja ser acadêmico de Engenharia Química e pretende ser aprovado na UFPR (Universidade Federal do Paraná), em Curitiba, onde moraria com o irmão mais velho. Ele lamenta não existir o curso em Campo Grande, e por isso escolheu a cidade onde ficará mais próximo da família.
“O curso lá na UFPR já é consolidado e reconhecido pelo mercado. Isso ajuda já que permite ao jovem uma boa formação que contribui para um bom início da carreira. Gostaria que tivesse aqui uma opção assim. Se eu fizesse Química na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) não seria a mesma coisa porque no fim tratam-se de áreas diferentes”, relata Thiago.
Olhar estratégico
Para o economista Ricardo Sena falta um olhar de grande parte dos jovens para se orientarem para oportunidades regionais. De acordo com ele, a importação de mão-de-obra de outros locais para Mato Grosso do Sul, quando são instaladas novas indústrias ou comércios, prova essa tese.
“A Universidade tem como objetivo promover a formação e não é voltada para o mercado essencialmente. O jovem precisa avaliar que para ficar aqui precisa olhar na carreira os setores que determinam a dinâmica da Economia do lugar. O agronegócio é o mais punjante e até mesmo a maioria das indústrias instaladas possuem uma forte ligação com este setor. Entendo que existe um sonho comum na classe média de que o filho siga medicina ou engenharia e mude de cidade. É um direito porém muitas vezes há outras oportunidade diferentes aqui”, diz o economista, Ricardo Sena.
O Diretor de outro cursinho na Capital, Agareno Alves, faz questão de conhecer o planejamento de cada aluno, a realidade da família, assim como o aprovação que o jovem tem para seguir o seu sonho. Conforme o educador são fatores essenciais para a melhor formação do candidato nas provas, já que em virtude da escolha a horário de estudo será organizado de maneira específica.
“Na nossa escola o atendimento é individualizado. Isso me ajuda a conhecer o aluno e suas aspirações. Ninguém melhor que a gente quer que ele passe, pois vivemos de resultados. Tomamos muito cuidado para saber se o aluno quer realmente tal curso ou ‘acha’ que quer. Eles são adolescentes e existe muito isso de seguir uma tendência ou o colega e pra isso procuramos orientar”, conta o diretor.
No cursinho de Agareno, cerca de 60 % dos alunos querem Medicina, enquanto 20% desejam fazer Direito. Entre os 500 vestibulandos preparados na instituição, um deles quer ser engenheiro espacial e outro sonha com Engenharia de Controle e Automação. Douglas Melo Felix escolheu o curso que lhe permitiria viver a sua paixão por aviões, enquanto Gustavo Torres sabe que até existe um mercado local em desenvolvimento para a sua área mas prefere ir para um grande centro, onde encontrará mais oportunidades.
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