O Bom Senso FC divulgou uma carta aberta ao presidente da CBF, José Maria Marin, na qual usou da ironia para comentar a falta de respostas da entidade às reivindicações apresentadas pelo grupo de jogadores que buscam melhorias no futebol brasileiro. No trecho mais ácido, o Bom Senso diz que Marin não está acostumado à democracia, lembrando do período em que o cartola foi deputado estadual pela Arena, partido de sustentação do período de Ditadura Militar no Brasil.

A carta ainda ironiza um suposto desprezo de Marin pelo grupo. “Somos mais de 1000, reunidos em apenas três meses, em prol de um futebol melhor para todos”, diz um trecho do comunicado, que termina com uma frase em tom de ameaça. “E antes que nos perguntem, as férias têm nos feito muito bem. Em janeiro nos vemos por aí”, completou.

Sempre em discurso diretamente endereçado a Marin, o texto volta a ressaltar os pontos pelos quais o Bom Senso FC luta, como reajuste no calendário e punição a clubes que atrasem salários. A carta ainda lamenta que o Campeonato Brasileiro tenha terminado “de forma melancólica” com o rebaixamento da Portuguesa após julgamento no STJD, mantendo o Fluminense na primeira divisão.

“A justiça desportiva se torna protagonista e o resultado de campo fica para trás. Sem discutir o mérito de quem está certo ou errado, a conclusão final é de que a CBF é que deveria ir para a segunda, terceira, quarta divisão”, critica o grupo, encabeçado por jogadores como Paulo André (Corinthians), Seedorf (Botafogo), Alex (Coritiba) e Edu Dracena (Santos).