Vigilância não encontra nas prateleiras de comércios da Capital lote de açúcar proibido

A fiscalização do lote P12 da marca Estrela começou nesta manhã. Devido à data de fabricação população pode já ter consumido produto

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A fiscalização do lote P12 da marca Estrela começou nesta manhã. Devido à data de fabricação população pode já ter consumido produto

Nenhuma apreensão de açúcar da marca Estrela, do lote P12, foi feita até a manhã de hoje (20), quando as fiscalizações começaram em Campo Grande. A informação é da Vigilância Sanitária Municipal.

O lote teve a comercialização proibida ontem pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Nele, foi encontrado quantidade dos metais ferro, cobre e alumínio que pode ser prejudicial à saúde. Agentes percorrem inicialmente estabelecimentos de médio e grande porte.

Durante a manhã, cerca de seis comércios foram visitados. Os agentes explicaram que devido à data de fabricação ter sido há oito meses é difícil encontrar o lote ainda disponível.

Para saber sobre possíveis problemas que o consumo do açúcar deste lote pudesse causar aos consumidores, a reportagem do Midiamax falou com o químico da UFMS (Universidade Federal de Campo Grande), José Antonio Braga Neto.

Neto disse que não é possível afirmar se esta fabricação pode prejudicar a saúde. Segundo ele, depende de quantidades. “Teria que ser feito um estudo mais aprofundado sobre o que foi encontrado. Depende muito da quantidade de metais existentes no açucar e da quantidade do açúcar consumido”.

O responsável pela fiscalização de alimentos da vigilância, Milton Zaleski, comentou que resíduos destes metais são permitidos, porém o laudo da Anvisa não aponta o número exato encontrado irregularmente.

O químico também explicou que destes, o único metal que não há evidências comprovadas dê sua importância no organismo humano é o alumínio. Os demais podem oferecer riscos, se consumidos em grande quantidade. Segundo ele, o indicado de consumo diário do cobre é de menos de um miligrama. Já o ferro pode ser consumido entre 10, 15 ou 18 miligramas, dependendo da idade.

“Caso apresente algum problema, o consumidor que ingeriu o açúcar em grande quantidade, em geral, pode ter dor de cabeça e constipação intestinal”, elucidou Neto.

Com relação ao erro de fabricação, Zaleski disse que o laudo também não detalha como pode ter ocorrido.

A fiscalização acontece em todo o Mato Grosso do Sul. Na Capital, deve seguir até a próxima semana.

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