Vaticano expulsa três padres condenados por pedofilia em Alagoas

O Vaticano decidiu, na noite desta terça-feira (3), afastar definitivamente no ministério da Igreja Católica, os três padres alagoanos condenados por pedofilia em Alagoas. Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edilson Duarte ainda podem recorrer da decisão da Justiça alagoana, mas a Santa Sé decidiu excluir os religiosos de seus quadros de sacerdotes. Segundo o […]

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O Vaticano decidiu, na noite desta terça-feira (3), afastar definitivamente no ministério da Igreja Católica, os três padres alagoanos condenados por pedofilia em Alagoas. Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edilson Duarte ainda podem recorrer da decisão da Justiça alagoana, mas a Santa Sé decidiu excluir os religiosos de seus quadros de sacerdotes.

Segundo o padre Daniel Nascimento, pároco da Igreja Santa Luzia, na cidade de Penedo, que foi licenciado pelo Vaticano para acompanhar o processo de pedofilia em Alagoas, a Santa Sé já havia comunicado aos padres da decisão de afastá-los, antes mesmo do processo civil ser concluído.

Desde o início do processo, logo após as denúncias de pedofilia, a Arquidiocese de Penedo já havia substituiído os padres em suas respectivas paróquias.

Condenação

No dia 19 de dezembro, a Justiça alagoana condenou os padres Luiz Marques Barbosa, Raimundo Gomes e Edílson Duarte pelo crime de pedofilia, praticado contra três coroinhas. O monsenhor Luiz Marques foi condenado a 21 anos de prisão e os párocos Raimundo e Edílson cumprirão pena de 16 anos e 4 meses. Como os três já respondiam ao processo em liberdade, eles ainda não foram presos.

A sentença foi proferida pelo juiz da Vara da Infância e da Juventude de Arapiraca, João Luiz de Azevedo Lessa. Além da pena de prisão, o monsenhor Luiz Marques, de 83 anos, terá que pagar uma multa de 30 vezes um salário mínimo.

Os religiosos eram réus no processo que apurou delitos de atentado violento ao pudor contra os coroinhas Fabiano Silva Ferreira, Cícero Flávio Vieira Barbosa e Anderson Farias Silva, conforme denúncia apresentada em março de 2010 pelo Ministério Público Estadual (MPE).

As investigações do Ministério Público e Polícia Civil acusaram os religiosos de prometer vantagens econômicas às vítimas em troca de sexo. De acordo com o juiz João Luiz de Azevedo Lessa, o processo tem quatro volumes com mais de mil páginas e é “muito complexo”.

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