Sede do Operário vai a leilão, com lance inicial de R$ 720 mil, para pagar dívida trabalhista
Avaliada em R$ 1.800.000, a sede localizada no bairro Santa Mônica encontra-se em situação precária, praticamente inutilizada pela falta de investimentos e manutenção
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Avaliada em R$ 1.800.000, a sede localizada no bairro Santa Mônica encontra-se em situação precária, praticamente inutilizada pela falta de investimentos e manutenção
A sede campo do Operário será leiloada nesta terça-feira (24) com lance inicial de R$ 720 mil, apesar de ter sido avaliada em 2011 por R$ 1.800.000. O evento será a partir das 13h30, no hotel Proença, na avenida Euler de Azevedo.
O leilão é resultado de uma reclamação trabalhista onde o requerente é o ex-treinador do Operário Futebol Clube, Amarildo de Carvalho.
A avaliação do lote foi realizada em 2011 e consta no processo de número 0103100-16.1996.5.24.0002 do Tribunal Regional do Trabalho 24ª Região.
Imóvel
O lote de terreno é resultante do desmembramento do quinhão “A”, do bloco 13, do loteamento denominado Nova Campo Grande, atualmente Santa Mônica, em Campo Grande.
A área total é de 50.389,0608 metros quadrados, correspondente à área do Operário Futebol Clube, com acesso pela avenida Rádio Maia, 887. O imóvel possui dois campos de futebol, duas quadras de futebol de salão, que também podem ser utilizadas como quadras de basquete, uma edificação em alvenaria contendo três salões com banheiros.
Além disso, o imóvel tem uma piscina grande desativada, que está sob os cuidados da Sesau (Secretaria de Saúde) e uma simples, que é utilizada pelo caseiro. A área é cercada com arame e o estado de conservação e benfeitorias é precário.
Leilão
Caseiro do clube por 24 anos e quatro meses como ele mesmo fez questão em enfocar, Inocêncio Arce Salazar disse que está triste com o leilão e culpa os presidentes pelo Operário estar na situação que está hoje.
Com relação à ação trabalhista, Salazar acredita que o Operário não tenha mais dívidas com o ex-treinador Amarildo de Carvalho. “O Operário já pagou porque ele entrou na ação que vendeu a sede da avenida Bandeirantes”, recordou.
Para ele o imóvel não será arrematado no leilão. “Estou rezando para isso”, disse o caseiro, que lembra com saudades dos bons tempos do clube.
Salazar enfocou que o clube enfrentou quase trinta ações trabalhistas. “Admiro o que está acontecendo agora”.
Processos
A ação do ex-treinador não é a única que tramita, ou foi julgada pela justiça. Jogadores como Manoel, Jorginho e Woney tiveram que acionar os órgãos legais para tentar receber seus salário, que na época em que atuavam no clube não foram pagos.
Woney Pompeu Costa da Silva e apesar da justiça ter determinado, até a presente data não recebeu o valor a ser pago pelo clube.
Segundo o pai do atleta, Woney Costa Silva, seu filho deu o sangue enquanto atuou na equipe do Operário e além de não receber seus salários não teve o devido reconhecimento. “Meu filho não recebeu nenhum centavo. Sobre ao leilão, estou torcendo pelo Amarildo. Acho que ele é um cara batalhador e merece”, avaliou.
Silva acredita que se o leilão se efetivar será justo saudar as dívidas do clube. “O que é justo é justo”, enfocou o pai do atleta.
Com relação ao valor solicitado pelo jogador, Silva ressaltou que a juíza teve o seu entendimento e fez um novo calculo, menor do que foi solicitado inicialmente.
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