Repasses para obra de estádio no AM estão paralisados por sobrepreço

As obras para a reconstrução do Estádio Vivaldão, em Manaus, estão com os repasses do BNDES – feitos por meio do governo do Estado – paralisados em virtude de sobrepreço de R$ 86 milhões apontado em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). A empreiteira responsável pela obra, a Andrade Gutierrez, foi notificada pelo […]

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As obras para a reconstrução do Estádio Vivaldão, em Manaus, estão com os repasses do BNDES – feitos por meio do governo do Estado – paralisados em virtude de sobrepreço de R$ 86 milhões apontado em relatório do Tribunal de Contas da União (TCU). A empreiteira responsável pela obra, a Andrade Gutierrez, foi notificada pelo Executivo sobre as indagações feitas pelo TCU na semana passada, mas ainda não prestou os esclarecimentos.
Dos R$ 400 milhões que serão fornecidos pelo BNDES para a reconstrução do estádio, apenas 20% foram repassados. Esse limite foi estabelecido até que sejam fornecidos os esclarecimentos sobre as indagações feitas pelo TCU. O valor total da obra é de R$ 532,20 milhões. O valor previsto no projeto inicial, que ainda carecia de detalhamentos, em janeiro de 2010, era de R$ 515 milhões.
O coordenador da Unidade Gestora da Copa no Amazonas, Miguel Capobiango, diz que o TCU fez uma análise comparativa de valores com os praticados em outras arenas, o que não significa que haja algum tipo de irregularidade, uma vez que cada projeto tem suas particularidades e, consequentemente, seus valores próprios.
“A análise do TCU foi comparativa, analisaram as composições de preço que são diferentes dos praticados em outras arenas, mas não significa que o preço seja o que está no projeto, tem que entender essa questão, não está havendo superfaturamento”, garantiu Capobiano.
Segundo ele, o governo do Estado está agindo de forma preventiva pagando os valores que considera adequados até que sejam feitos os esclarecimentos sobre as indagações feitas pelo TCU. No entanto, os valores estão sendo pagos pelo governo do Estado, já que o último repasse do BNDES ocorreu no final do ano passado.
Segundo Capobiango, a empreiteira é a maior interessada em prestar os esclarecimentos, que serão repassadas à Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) para análise.

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