Protesto: Indígenas desviam tráfego na MS-156 para interior da aldeia

Inconformados com a situação das estradas vicinais na Reserva de Dourados, lideranças indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru estão em protesto na rodovia MS-156. No sentido Itaporã a Dourados, na primeira rotatória, eles sinalizaram um desvio à direita e os condutores estão sendo obrigados a entrar na aldeia e percorrer cerca de sete quilômetros de […]

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Inconformados com a situação das estradas vicinais na Reserva de Dourados, lideranças indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru estão em protesto na rodovia MS-156. No sentido Itaporã a Dourados, na primeira rotatória, eles sinalizaram um desvio à direita e os condutores estão sendo obrigados a entrar na aldeia e percorrer cerca de sete quilômetros de estrada de chão até retornar para a estrada pavimentada.

No sentido contrário, a Polícia Rodoviária Estadual está orientando condutores a fazer um desvio e seguir pelo anel rodoviário até o trecho do distrito de Itahum e o acesso a Maracaju. O capitão Vilmar Martins Machado, da Jaguapiru, diz que a intenção é fazer um protesto pacífico a fim de chamar a atenção das autoridades e da população.

Machado afirma que não tem qualquer tipo de pedágio. “A gente quer só mostrar a situação destas estradas vicinais”, esclarece. “O governo do Estado prometeu dar manutenção pelo menos uma vez ao ano e já fazem dois anos que eles não aparecem aqui”, reclama Machado.

Ele explica que havia um acordo com lideranças indígenas e o Estado que não vem sendo cumprida. “Enquanto isto, as estradas estão em estado calamitoso, não dá para passar”, enfatiza o terena.

Segundo os indígenas, o desvio pode se transformar em bloqueio a partir das 11h. Eles exigem a presença de representantes do Estado ou município para negociar. “As pessoas precisam ver a realidade que enfrentamos aqui”, diz o terena Lucas Paiva.

Engrossam a manifestação, professores e agentes de saúde que residem e trabalham na Reserva Indígena de Dourados. Segundo Machados, estes profissionais são os que mais sofrem com o barro em tempos de chuva e a poeira durante a estiagem.

A Polícia Militar, através do Getam e Força Tática (com cães treinados), Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Militar Rodoviária estão no trecho, a fim de garantir a segurança para condutores e indígenas.

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