Foi realizada na manhã desta sexta-feira (7), na Câmara Municipal de Campo Grande, Audiência Pública para discutir sobre os desdobramentos da situação dos catadores de lixo, em vias de deixar o Aterro Sanitário. A audiência contou com a participação do superintendente do Ministério do Trabalho e Emprego – Anísio Pereira Tiago; do membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB – Leandro Albuquerque Malta e da defensora pública Olga Lemos Cardoso de Marco, além de representantes dos catadores de resíduos sólidos.

Nenhum representante da Prefeitura e da Solurb esteve presente na audiência.

Conforme o vice-presidente da associação de moradores do Dom Antonio Barbosa – Sérgio Rodrigues, o secretário do meio ambiente Marco Antonio Cristaldo se negou a comparecer à audiência, pois teria afirmado, ao ser contatado por catadores, que toda a situação já esta definida e que o debate não serviria para nada.

“Queremos ser donos de nosso próprio negócio, não servir de meio para que essas empresas lucrem cada vez mais.”.

A audiência debateu ainda o reaproveitamento da mão-de-obra para a Prefeitura se adeque à Lei Nacional.

De acordo com o vereador Athayde Nery (PPS), houve a formação de cerca de 50 catadores e que apenas estes são beneficiados pela cooperativa, que não é autônoma e possui estrita ligação com a Solurb. “O objetivo maior do debate sobre o problema do lixo é a inclusão social valorizando a questão humana dos catadores”.

Na próxima segunda-feira (17), uma comissão composta por representantes da Câmara fará uma visita ao aterro para realizar uma avaliação da situação e finalizar o relatório da Comissão.