No Chile, governo decide que currículos das escolas não usarão mais expressão ditadura militar

Agora, os alunos não aprenderão mais que o Chile passou por uma “ditadura militar”, mas por um “regime militar”

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Agora, os alunos não aprenderão mais que o Chile passou por uma “ditadura militar”, mas por um “regime militar”

O governo chileno decidiu alterar o currículo das escolas de ensino fundamental sobre os conteúdos relacionados à ditadura militar que o país viveu durante 17 anos. Agora, os alunos não aprenderão mais que o Chile passou por uma “ditadura militar”, mas por um “regime militar”. A mudança foi anunciada pelo novo ministro da Educação do Chile, Harald Beyer.

Segundo o ministro, em outras partes do mundo, se usa a definição mais geral que é regime militar e não ditadura. O novo texto do currículo indica que devem ser comparadas “as diferentes visões sobre a quebra da democracia no Chile, o regime militar e o processo de recuperação da democracia ao final do século 20, considerando os diferentes atores, experiências e pontos de vista”, disse Beyer.

O governo do general Augusto Pinochet, de1973 a 1990, foi um dos mais violentos da América Latina. O militar liderou o golpe de Estado que derrubou e assassinou o presidente socialista Salvador Allende. Pelos dados oficiais, foram 28 mil pessoas torturadas e outras 2.279 desaparecidas e mortas. As chamadas comissões da Verdade identificaram 180 crianças e adolescentes assassinados, além de 1.283 presos e torturados.

O ministro defendeu que a mudança passou por todas as instâncias encarregadas do assunto e por um conselho nacional de educação, que aprovou a alteração sem reparos. “Não é um governo democrático [o de Pinochet], mas o termo regime militar também tem esse significado”, alegou Beyer.

Com informações da emissora multiestatal TeleSur

 

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