Nesta semana será definido como será atendimento às mulheres com próteses PIP e Rofil

O Ministério da Saúde e as sociedades médicas vão definir nesta semana como será o atendimento às mulheres com próteses de seios de silicone das marcas Poly Implant Prothese (PIP) e da Rofil. A proposta estudada é que os médicos das redes particular e pública chamem as pacientes para, inicialmente, avaliar a condição da prótese, […]

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O Ministério da Saúde e as sociedades médicas vão definir nesta semana como será o atendimento às mulheres com próteses de seios de silicone das marcas Poly Implant Prothese (PIP) e da Rofil. A proposta estudada é que os médicos das redes particular e pública chamem as pacientes para, inicialmente, avaliar a condição da prótese, segundo o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Luciano Chaves.

Nesta consulta, elas serão submetidas a uma ultrassonografia para saber se o implante está com ruptura. Em caso de dúvida, a paciente deve passar também por uma ressonância magnética. Para Chaves, em 60% dos casos, os médicos conseguirão avaliar a situação do implante somente com o ultrassom. “Se houver ruptura, a paciente já vai ser encaminhada para a cirurgia”, disse o vice-presidente.

As estimativas apontam para 12,5 mil mulheres com próteses da marca francesa PIP e 7 mil, da holandesa Rofil. As duas marcas são acusadas de terem usado silicone industrial na fabricação dos produtos, com maior risco de romper ou vazar e provocar problemas de saúde, como inflamação dos seios.

Depois de um impasse entre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por apurar a possibilidade de haver silicone adulterado nas próteses comercializadas no país, e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos de saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) e os planos de saúde vão cobrir a remoção e a troca das próteses rompidas, independentemente do motivo da cirurgia, se foi por questões de saúde ou com fins estéticos, conforme garantiu o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na última sexta-feira (13).

Até o momento, os médicos e as autoridades de saúde indicam a retirada somente nos casos de ruptura. Para as pacientes com as próteses sem rompimento, devem ser estabelecidas normas para monitorá-las. “Essas pacientes que não estiverem com a prótese rôta devem ficar tranquilas. Não há risco”, afirmou Luciano Chaves. O médico, no entanto, reconhece que a orientação pode mudar se for localizado número elevado de implantes das marcas francesa e holandesa com deformidade.

Alguns sintomas de problema no caso de prótese mamária vazada são dor, febre e pele avermelhada nos seios. Para quem coloca um implante de silicone na mama, de qualquer marca, recomenda-se a substituição da prótese depois de dez anos de uso. Outra orientação médica é fazer exame de ultrassom uma vez por ano para avaliar o implante, mesmo as pacientes com menos de 40 anos de idade.

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