“Não havia quem não chorava ao ver os caixões”, diz moradora de Itaporã

A população acompanhou o velório e enterro de Fernanda Naiara Azevedo, de 16 anos, e de seus dois filhos, assassinados com várias facadas pelo pai Marcos Luis Azevedo, 20 anos, na madrugada de sexta-feira (20).

Parte dos 21 mil moradores de Itaporã, cidade distante a 225 quilômetros de Campo Grande, acompanharam na manhã deste sábado (21), o velório e enterro de Fernanda Naiara Azevedo, de 16 anos, e de seus dois filhos, um de sete meses e outro de dois anos de idade, assassinados com várias facadas pelo pai Marcos Luis Azevedo, 20 anos, na madrugada de sexta-feira (20).

Muito revoltados com a situação, moradores e parentes ficam sem saber o que realmente aconteceu. Distante a 100 metros da chácara onde aconteceu a chacina, a secretária Feliciana Rebeck, 46 anos, conta que o relacionamento parecia normal entre o casal.

“O comércio não parou como foi dito, mas as pessoas estavam chocadas, saíam e só falavam nisso e na frieza do rapaz, sem entender direito o que aconteceu. Por volta das 12h de ontem, mais de mil pessoas já aguardavam a chegada dos corpos. A rua foi interditada e formou-se uma grande fila para passar pelos caixões. Não havia quem não chorava, era impossível ver a mãe no meio com as crianças todas cheias de cicatrizes e a avó delas gritando, em pranto”, afirma a secretária Feliciana Rebeck.

Pessoas próximas ao autor acreditam que ele tenha problemas psicológicos, em razão de alguns casos já constatados na família. “Ele tem dois parentes que freqüentam a APAE (Rede de Atendimento a Pessoas com Deficiência) e um que cometeu suicídio. Isso não justifica o crime, mas pode ser um indício de que ele tem algum distúrbio mental, já que isso é totalmente fora da nossa realidade”, diz.