Na Capital, ex-ministro do Trabalho, debate união da Força Sindical e contribuição sindical

“O fortalecimento de qualquer classe está na unicidade”, apontou

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“O fortalecimento de qualquer classe está na unicidade”, apontou

Preocupados com a ação da CUT (Central Única dos Trabalhadores) de acabar com o imposto sindical, membros da Força Sindical Nacional se reuniram nesta quarta-feira (28) em Campo Grande para debater o tema.

Rogério Magri, que já foi ministro do Trabalho, presidente do Sindicato Eletricitários de SP  e hoje atua na Força Sindical, criticou a medida. Segundo ele, a CUT já não defende os princípios de anos atrás. Ao contrário, está na base governista e não entra mais nessas questões. “A CUT chegou a pagar um encarte no Le Monde [jornal francês] para criticar o imposto sindical. Quanto eles não gastaram com isso?”

Para o ex-ministro, se o imposto deixar de ser recolhido e a Convenção 87 – que cria a pluralidade no movimento sindical – passar a valer, os anos de luta e de movimento vão se pulverizar. “O fortalecimento de qualquer classe está na unicidade”, apontou.

Ele lembrou ainda que o Brasil hoje é referência quando se trata de luta sindical, e no momento que isso mais avança, a CUT vai contra ao movimento. “O Brasil gera salário real. Na conjuntura em que o movimento sindical mais avança, eles entram numa luta contra a contribuição”.

Magri explica que sem força, os sindicatos não vão conseguir brigar e assim perdem para o Governo questões importantes como: o fator previdenciário, que está em vigor e faz o trabalhador perder renda de até 40% quando aposentado e a luta pelas 40 horas semanais.

MS

Em Mato Grosso do Sul, a Força Sindical busca fortalecimento. Segundo Geraldino dos Santos Silva, secretário de relações sindicais, eles vieram ao estado para trazer os sindicatos para a Força Sindical e desta forma também fortalecer a nacional.

Uma das preocupações da classe é o Bolsão. Geraldino explica, que devido ao crescimento da região sempre surgem divergências, e eles estão aqui para trazer coesão e não deixar que estas divergências se tornem desavenças.

Ele ainda falou que se preocupam em manter a força da industrialização, porque muitos produtos têm sido exportados da China, e com isso a indústria nacional tem perdido campo e pessoas tem sido demitidas. “Não podemos deixar nosso parque industrial diminuir”.

Centrais e Imposto

Em todo o país são seis centrais sindicais: Força Sindical, CUT, CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Nova Central e UGT (União Geral dos Trabalhadores).

O imposto sindical é divido da seguinte forma: 60% para os sindicatos, 15% para as federações, 5% para as confederações e 20% para o Ministério do Trabalho.

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