O presidente municipal do PDT, vereador Paulo Pedra, declarou, nesta terça-feira (27), que o movimento do PT para acomodar Dagoberto Nogueira (PDT) no governo da presidente Dilma Rousseff é tardio e não influenciará no rumo do partido na disputa pela prefeitura da Capital.
“Se a Dilma tivesse interesse na eleição em Campo Grande, há um ano ela teria acomodado o Dagoberto, que foi sacrificado em 2010 para ajudar o PT no Estado e não agora, de última hora”, avaliou Paulo Pedra.
Segundo ele, a decisão do destino do partido em Campo Grande será sacramentada pela direção municipal e pelos pré-candidatos a vereador. “Nem a Dilma vai garantir o apoio do PDT ao PT”, reiterou o vereador. “E se isso acontecer vai ter debandada geral”, ameaçou.
A decisão, segundo Paulo Pedra, leva em conta acordo firmado com Dagoberto, presidente regional do partido, ainda no ano passado. “Em 2011, fiz uma campanha forte para arrumar pré-candidatos a vereador e conseguir 54 bons nomes. Em troca, o Dagoberto prometeu liberdade para a gente escolher o melhor caminho visando garantir vagas na Câmara Municipal”, relatou o vereador.
De olho em espaço no Legislativo Municipal, Paulo Pedra avaliou como melhor destino para a legenda uma aliança com o PMDB. “Falta alinhavar algumas coisas, mas está tudo bem encaminhado”, revelou.
Dagoberto, por sua vez, mantém sua pré-candidatura a prefeito e conversas com os partidos de oposição, entre eles o PT. Daí a esperança dos petistas em manter aliança com o PDT. Na manhã hoje, inclusive, deputado estadual Cabo Almi (PT) revelou estratégia de unir a bancada federal para garantir nomeação de Dagoberto em diretoria da Eletrosul em troca da manutenção da parceria em Campo Grande.
