Morre o lendário boxeador cubano Teófilo Stevenson

O pugilista cubano Teófilo Stevenson, três vezes campeão mundial e olímpico de boxe, morreu nesta segunda-feira em Havana de cardiopatia isquêmica aos 60 anos, informa a imprensa oficial. Considerado um dos maiores pugilistas cubanos de todos os tempos, Stevenson era vice-presidente da Federação Cubana de Boxe e trabalhava na Comissão Nacional de Atendimento a Atletas […]

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O pugilista cubano Teófilo Stevenson, três vezes campeão mundial e olímpico de boxe, morreu nesta segunda-feira em Havana de cardiopatia isquêmica aos 60 anos, informa a imprensa oficial.

Considerado um dos maiores pugilistas cubanos de todos os tempos, Stevenson era vice-presidente da Federação Cubana de Boxe e trabalhava na Comissão Nacional de Atendimento a Atletas Aposentados e na Ativa do Instituto Nacional de Esportes e Educação Física (Inder, órgão oficial).

No sábado passado, ele participou de uma caminhada realizada em Havana para celebrar a proximidade dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, junto a mais de 100 figuras destacadas do esporte da ilha.

A televisão estatal ressaltou nesta segunda-feira os “triunfos, simplicidade e patriotismo” de “Pirolo”, como era popularmente conhecido. “Além da glória conquistada sobre os ringues, sua morte deixa um vazio incalculável no seio do esporte revolucionário cubano”, destacou a mídia oficial.

Nascido em 29 de março de 1952 na cidade de Delicias, na província de Las Tunas, Stevenson ganhou todos os títulos da Associação Internacional de Boxe (Aiba).

Começou a carreira seguindo os passos de ídolos do pugilismo como Muhammad Ali, George Foreman, Ken Norton e Laszlo Papp. Foi campeão mundial dos pesos meio-pesados em 1969 e passou à categoria máxima um ano depois, para se proclamar campeão do Caribe.

Os primeiros Jogos Pan-americanos dos quais participou foram os de Cali, em 1971, mas conseguiu seu primeiro ouro no evento continental na categoria peso pesado, nos Jogos do México de 1975.

Tinha 25 anos quando se coroou pela primeira vez campeão olímpico em Munique 1972, assim como campeão mundial. Desde então, não parou de acumular títulos que o transformaram no melhor pugilista da história: venceu as Olimpíadas de Montreal 1976 e Moscou 1980 e o Pan de San Juan 1979.

Também foi tricampeão mundial ao faturar os títulos de Havana 1974, Belgrado 1978 e Reno 1986. Em sua brilhante trajetória, somam-se os títulos de bicampeão centro-americano e do Caribe em 1974 e 1982. Foi também seis vezes campeão dos centro-americanos de boxe entre 1970 e 1977.

Destacou-se pelos fortes golpes de direita que, segundo analistas, foram os responsáveis pela maioria de suas vitórias.

Depois da gloriosa conquista do mundial da cidade americana de Reno, em 1986, o grande campeão cubano decidiu pendurar as luvas. Despediu-se em julho de 1988 durante o torneio internacional de boxe Giraldo Córdova Cardín.

Ao todo, registrou 301 vitórias nos 321 combates que lutou ao longo de 20 anos. Sofreu apenas 20 derrotas, duas deles para o pugilista soviético Igor Vysotsky.

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