Moradores reclamam que Guanandi II espera por asfalto há mais de dez anos
“Este ano fizemos um pacto: ninguém vota por aqui”, avisam moradores revoltados com a falta de asfaltamento e resposta da Prefeitura Municipal de Campo Grande.
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“Este ano fizemos um pacto: ninguém vota por aqui”, avisam moradores revoltados com a falta de asfaltamento e resposta da Prefeitura Municipal de Campo Grande.
Cansados de esperar pelo asfalto há mais de dez anos, moradores do Guanandi II chamaram a equipe de reportagem do Midiamax para denunciar o descaso nas ruas do bairro. “Este ano, ninguém vota por aqui, estou cansado de cair com a minha moto nessas ruas”, diz Espedito Silva, morador desde a inauguração do conjunto.
A situação da Rua Betim é a mais preocupante. Um desvio foi feito pelos próprios moradores em um terreno particular para a passagem de veículos, já que a rua é intransitável.
“Quando chove, não temos como sair de casa com carro ou moto. A água da chuva tampa os buracos e fica perigoso para passar. Quando compramos o terreno aqui, a promessa era de que logo a região seria asfaltada, mas até agora nada”, reclama a dona de casa Soraia Salete Esteves.
O vigilante Cassildo da Silva Souza, de 65 anos, estava fazendo a limpeza da frente da casa enquanto contava sobre a drenagem da rua. “No início do ano passado abriram um monte de buracos na rua para fazer a drenagem, mas não colocaram o asfalto até agora”.
Com isso, Cassildo diz que a água das chuvas, ao invés de irem direto para a drenagem da avenida abaixo da rua, tem ido parar dentro das casas. “Isso porque agora a água não tem para onde ir. Ao colocar a tubulação, eles mexeram com o nível do lado das ruas e a água entra em casa. Está um inferno morar aqui”, desabafa.
Além dos buracos, que os moradores tentam tampar com cascalhos e restos de construção, o mato invade as calçadas e o meio da rua, por onde somente consegue passar um carro por vez.
“Se o asfalto não chegou aqui, o voto daqui não vai partir também. Todos os moradores estão conversando e pretendem não votar este ano. Se quiser voto, tem que vir dar uma volta à pé aqui, depois de uma boa chuva, para ver se consegue”, brinca Cassildo.
Morador da rua há 15 dias, Jorge Antônio veio de São Paulo para montar uma serralheria no bairro. “Nunca pensei que um negócio desses podia ser chamado de rua. Para fazer as entregas é um sacrifício conseguir tirar a caminhonete do estacionamento”, desabafou.
A assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Campo Grande informou que não há nem previsão de asfaltamento do bairro, apesar da drenagem já feita.
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