A Marcha pela Paz será lançada no dia 17 de dezembro, às 17 horas, no Porto Geral de Corumá, em frente ao prédio Vasquez & Filhos, juntamente com a Cantata de Natal, que marca as festividades de final de ano. Trata-se de um movimento da sociedade civil, com apoio do Instituto Moinho Cultural, para conscientizar e mobilizar a população sobre os índices de violência em Corumbá e região da fronteira. Detalhes do lançamento da campanha foram acertados nesta quarta-feira durante reunião de representantes de conselhos e entidades civis no prédio do Instituto Moinho Cultural. “Só este ano tivemos 1085 casos notificados de violência doméstica contra a mulher pela delegacia especializada”, destacou Rosiene do Espírito Santo Mauro, coordenadora do Centro de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (CRAM).

Também são altos os índices decorrentes de acidentes de transporte em geral: 1148 casos atendidos no ano de 2011, de acordo com dados coletados pela equipe de plantão no Pronto Atendimento Municipal. “E a grande maioria dos envolvidos em acidentes de trânsito estão alcoolizados”, enfatiza o médico Riad Ali Hamie. “São acidentes muitas vezes provocados pela negligência de quem dirige, e que demandam ocupação de leitos, medicamentos e outras despesas que causam grande impacto no sistema de saúde, e que poderiam ser evitados”, acentuou. Relatórios dos anos 2011 e 2012 foram entregues esta semana aos promotores do Ministério Público.

A Marcha pela Paz é um movimento que, além da conscientização, busca a prevenção e medidas concretas para conter os índices de violência, e que pretende invocar o cumprimento das leis em vigor, entre elas a Lei Seca, a Lei Maria da Penha, o Estatuto dos Direitos da Criança e do Adolescente, e o fortalecimento e reestruturação de órgãos responsáveis por salvaguardar os direitos, como o Conselho Tutelar e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (CMDCA). Também participaram da reunião da Marcha pela Paz Mariluce Gonçalves de Almeida (Conselho Municipal de Saúde), Greice Elen Moraes Gonçalves (Gerência de Articulação de Políticas Públicas para a Mulher) e Janice Gomes (Conselho Municipal dos Direitos da Mulher).