Fiscalização não será intensificada, apesar de apreensão de gado sem GTA
Ministro disse que o governo não pretende pressionar o país vizinho
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Ministro disse que o governo não pretende pressionar o país vizinho
Depois que o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) apreendeu no início desta semana sete cabeças de gado de origem paraguaia por estar sem a Guia de Trânsito Animal (GTA) – documento que é obrigatório para esse tipo de carga – o ministro da Agricultura em exercício, José Carlos Vaz, disse em Maracajú, na inauguração da Showtec, que as autoridades não vão mudar os procedimentos adotados na fronteira.
O gado foi apreendido em Coronel Sapucaia, cidade a 380 km de Campo Grande, e a carga foi abatida no frigorífico Frigoforte, em Ponta Porã, na terça-feira (24), um dia após a preensão.
O ministro disse que o governo não pretende pressionar o país vizinho. “Vamos continuar com o diálogo que estamos mantendo e com as medidas que foram planejadas e implementadas – sabemos que há vontade do governo paraguaio para cooperar e não queremos perder esse relacionamento positivo”.
Para o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Chico Maia, o posicionamento do ministro está correto e as ações feitas pelos governos federal e estadual são suficientes e dentro das normas de sanidade.
“É normal acontecer isso [apreensões de gado irregular]. É sinal que as medidas tomadas de prevenção e fiscalização adotadas estão funcionando”, pontua.
Ainda segundo Maia, se isso repercutir internacionalmente, acontece de forma positiva, pois mostra que o País está de olho no controle sanitário e tomando todas as medidas estabelecidas.
Ele ainda lembrou que no fim do ano passado, quando aconteceu o primeiro surto de aftosa no Paraguai, Acrissul e Famasul estiveram em Assunção com a Sociedade Rural Paraguaia e fizeram acordos de procedimentos padrão para que as relações comerciais entre os países não fossem afetadas.
O presidente do Sindicato Rural de Porto Murtinho Italívio Coelho Neto emenda a posição de Maia. Ele aponta que a fiscalização é intensa e que as pessoas não podem confundir produtos com bandido. “Tem produtor rural e tem bandido. Não podemos confundir um com o outro. Produtor rural não faz esse tipo de coisa. A gente defende a fiscalização. Temos interesse em defender a produção”.
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