Filme sobre Ney Matogrosso é uma das atrações do Festival de Cinema de Brasília

O longa-metragem documentário que retrata a vida de Ney Matogrosso é um dos filmes mais esperados pelo público na mostra deste sábado (22) do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O diretor nascido no Paraná e criado em Dourados-MS, Joel Pizzini, reuniu e editou, em pouco mais de 100 minutos de documentário, trechos de entrevistas, imagens […]

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O longa-metragem documentário que retrata a vida de Ney Matogrosso é um dos filmes mais esperados pelo público na mostra deste sábado (22) do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O diretor nascido no Paraná e criado em Dourados-MS, Joel Pizzini, reuniu e editou, em pouco mais de 100 minutos de documentário, trechos de entrevistas, imagens e sons que o artista colecionou ao longo de sua trajetória.

Com Olho Nu, Pizzini sintetiza momentos marcantes de Ney Matogrosso no palco e em seu cotidiano, na tentativa de “desnudar o homem por trás da fama”. As motivações, o senso crítico e o caráter libertário e o ideário político que acompanharam o cantor desde o início de sua carreira são, segundo ele mesmo, coerentes com seu atual pensamento.

“Eu sou uma pessoa livre, defendo a liberdade sempre e vou morrer defendendo a liberdade de expressão”, disse Ney Matogrosso destacando que o filme mostra apenas uma parcela de sua história. “Não é possível traduzir uma vida inteira em um filme”, completou.

Segundo Ney, quando foi convidado para protagonizar a produção documental, disponibilizou mais de 300 horas de gravações que tinha em seu acervo. “O Joel me disse que era muito coerente, como se tivesse dado uma entrevista agora. Eu disse: está bom, então você não vai me alugar para eu ficar falando, se você tem meu pensamento exposto aí”, declarou, em tom de brincadeira.

Para o cantor, que acompanhou a criação do Festival de Brasília e as primeiras exibições na capital do país, participar do evento como personagem, este ano, “significa tudo. Foi aqui que tudo começou para mim. Brasília é importantíssima para mim. Aqui, foi onde fiz o primeiro curso de teatro, foi onde fiz teatro pela primeira vez, cantei pela primeira vez. Isto tudo começou aqui”, lembrou.

Entre as atrações de hoje, penúltimo dia festival, destacam-se, ainda, o curta-metragem documentário A Ditadura da Especulação, de Zé Furtado, que abre a noite de exibições a partir das 19h. Como único representante do cinema brasiliense, o documentário retrata o movimento de resistência ao avanço das construções de um novo bairro (Noroeste) em Brasília, que acabou retirando do local um antigo santuário indígena.

As exibições previstas ainda incluem a animação Phantasma, de Alessandro Corrêa, que narra a história de uma jovem cantora de ópera que busca o estrelato com a ajuda de um misterioso personagem. Com o curta-metragem de ficção, Vestido de Laerte, os diretores paulistas Claudia Priscilla e Pedro Marques levam para a grande tela, o cartunista Laerte.

Protagonista da trama, o cartunista percorre a cidade de São Paulo em busca de um certificado. O longa-metragem Noite de Reis, do carioca Vinicius Reis, encerra a noite, levando para o público, um drama de uma família que tenta se reconstruir depois da perda de um filho.

Os filmes da mostra competitiva são exibidos simultaneamente no Teatro Nacional, no Plano Piloto, Teatro Sesc Newton Rossi, em Ceilândia, Teatro de Sobradinho, Teatro Paulo Autran Sesc de Taguatinga e no Teatro Sesc do Gama. As exibições serão reprisadas amanhã (23) no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil.

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