Família diz que vida virou tormento após estranho perseguir garota com juras de amor

Thaise e mãe Maria Cristina denunciam que rapaz as persegue há muito tempo. Inclusive, já houve tentativa de beijo forçado e pedido de relação sexual entre ele e a jovem, que sempre faz recusa aos apelos.

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Thaise e mãe Maria Cristina denunciam que rapaz as persegue há muito tempo. Inclusive, já houve tentativa de beijo forçado e pedido de relação sexual entre ele e a jovem, que sempre faz recusa aos apelos.

“Nossa vida virou um tormento”. Este é o resumo do estado emocional de uma família que mora no bairro Jardim Tarumã, em Campo Grande, depois que um rapaz, até então desconhecido, começou a perseguir a jovem Thaise Siqueira, de 18 anos, com juras de amor e abordagens em todos os lugares que ela vai. Até o momento já foram três boletins de ocorrência registrados.

Embora receosa com a atitude do rapaz, nesta matéria identificado apenas pelo nome de Thiago, a jovem e a mãe Márcia Cristina, fizeram questão de mostrar os rostos para que, se em algum momento forem novamente abordada pelo rapaz, que a população vai identifica-las e melhor defende-las.

Segundo Thaise, tudo começou por volta do mês de outubro do ano passado quando o desconhecido chegou a seu local de trabalho pedindo para distribuir panfletos de uma TV por assinatura. Como era ainda adolescente empregada via Instituto Mirim, o colega da jovem A.M.B. disse que não poderia já que ali era um órgão público estadual. “Então ele pediu se podia deixar os panfletos na recepção e eu disse que sim. Ele foi embora”, recorda-se o recepcionista.

Depois deste primeiro ‘encontro’ praticamente insignificante de Thiago com Thaise, o rapaz passou a ligar no emprego dela com juras de amor. Em certa oportunidade abordou uma colega de trabalho da jovem e mandou que entregasse a ela CD de música sertaneja e um cartão de crédito, porém foi recusado o pedido.

“Eu nunca vi este rapaz. Nunca tivemos nada. Nunca tivemos o menor contato”, frisa Thaise que de um tempo para cá afirma que deixou de frequentar local público
sozinha, só vai para a faculdade levada por algum familiar. “Ele já me perseguiu no ônibus indo para casa, para a escola. Até para ir à igreja tenho que ir com alguém”, diz.

Conforme relato da universitária à reportagem, Thiago a abordou em um terminal de transporte coletivo que fica no bairro Coronel Antonino. DE acordo com ela, o rapaz a agarrou pela cintura e tentou beijá-la contra a vontade dela. Além disso, dizia a todo o momento que era namorado dela. A jovem foi socorrida por populares que lá estavam. O rapaz foi detido e a polícia o encaminhou para a delegacia. “Ele só dormiu na cadeia. No outro dia estava solto e zombando da nossa cara”, diz.

“Já perdi várias provas na faculdade. No começo, minha chefe chamou minha atenção porque achava que eu e ele tínhamos uma história amorosa e queria que fosse dado um basta. Ele é tão transtornado que já ligou dizendo que era meu namorado, ia me esperar na saída do trabalho e que queria ter relação comigo”, desabafa.

A jovem relata que anteriormente Thiago se apresentou com vários nomes por telefone. A família só descobriu sua verdadeira identificação porque retornou nos números de telefone que ele ligava para a Thaise e descobriu a verdade.

Thiago também descobriu onde a mãe da jovem trabalha e foi até o emprego dela com ameaças. “Ele disse que ia matar cada um da nossa família. Peço, pelo amor de Deus, que a Justiça, a polícia façam alguma coisa porque nossa vida virou do avesso”, apela.

O tio de Thaise, Luiz João também conversou com a reportagem e demonstrou preocupação com o caso da sobrinha e teme, até, por outras possíveis vítimas. “Será que não está fazendo isto com outras vítimas com bem menos defesa que minha sobrinha”?, diz.

Falsos comunicados

De acordo com a família, Thiago fez inúmeros falsos comunicados de ocorrências policiais. Segundo eles, são falsos relatos de que na casa funciona uma boca de fumo, que Thaise trafica e é usuária de drogas e que está ocorrendo troca de tiros no local. “É direto camburão na nossa porta. Tem semana da polícia ir três vezes à nossa porta e vê que é tudo mentira”, diz Márcia Cristina.

Medida

a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), Rozely Molina, esclarece que embora os boletins de ocorrências estejam registrados em outras delegacias, o caso já teve prosseguimento e está agora no fórum. O próximo passo é marcar audiência.

A delegada adiantou também que “devido às circunstâncias relatadas pela jovem vai encaminhar um pedido de medida protetiva para ela”. Agora, a decisão fica nas mãos de um juiz.

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