Falências entre micro e pequenas empresas caem 7% em 2011

Em todo o ano passado, foram 1.143 pedidos contra 1.233 de 2010

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Em todo o ano passado, foram 1.143 pedidos contra 1.233 de 2010

As micro e pequenas empresas (MPE) estão sobrevivendo mais. Em 2011, o número de pedidos de falência foi menor que nos dois anos anteriores – 1.143 empresas de micro e pequeno porte tiveram que fechar as portas. O volume representa 7% a menos que o registrado em 2010, 1.233. Entre janeiro e dezembro de 2009, a quantidade foi ainda maior, 1.512. Os dados estão no Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações, divulgado nesta sexta-feira (6).

“Os dados da Serasa coincidem com o levantamento feito pelo Sebrae, que mostra o aumento da taxa de sobrevivência das micro e pequenas empresas brasileiras. A cada 100 negócios, 73 sobrevivem aos dois primeiros anos de atividades, que costumam ser os mais críticos”, comenta o presidente do Sebrae Nacional, Luiz Barretto. O volume de falências de médias e grandes empresas também foi menor no ano passado. Caiu de 706, em 2010, para 594, em 2011. A quantidade de pedidos nas MPE é maior por que o segmento representa 99% das empresas formalizadas no país.

A análise dos economistas da Serasa é de que o mercado interno aquecido e a expansão do crédito evitaram maior impacto da política monetária restritiva, adotada pelo governo para controlar a inflação, por meio do aumento de juros, no primeiro semestre. “Os efeitos da crise global foram minimizados pelo aumento no consumo interno. A queda dos juros no segundo semestre ajudou as empresas”, afirma o assessor econômico da Serasa, Carlos Henrique de Almeida.

Em dezembro, a queda se acentuou. No mês passado, ocorreram 65 pedidos de falência, contra 88 verificados no mesmo período, em 2010. A tendência é que o volume de requerimentos continue caindo, segundo Carlos Henrique. “A perspectiva é que em 2012 os incentivos governamentais ao consumo permaneçam para reduzir os efeitos da crise internacional. Deve ser um ano muito bom. O país vai crescer mais que em 2011”, prevê.

Os números convergem com os registrados pelo Sebrae no estudo Taxa de Sobrevivência das Empresas no Brasil. O levantamento mostra que de cada 100 micro e pequenas empresas (MPE) abertas no Brasil em 2006, 73 permanecem em atividade após os primeiros dois anos de existência. Entre as que iniciaram os negócios em 2005, a taxa era de 71,9%. Os dois primeiros anos de atividade são considerados os mais críticos para uma empresa.

O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações é construído a partir de levantamento mensal das estatísticas de falências requeridas e decretadas e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas na base de dados da Serasa Experian. A Serasa Experian é parte do grupo Experian, líder mundial em serviços de informação, fornecendo dados e ferramentas de análise a clientes em mais de 80 países.

 

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