Em três meses, Assembleia gastou mais de R$ 750 mil em verbas indenizatórias

Os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul utilizaram R$ 750.531,15 em verbas indenizatórias entre os meses de janeiro, fevereiro e março deste ano. O campeão de gastos no período é Antônio Carlos Arroyo (PR). A Assembleia precisou desembolsar R$ 38.111,57 para cobrir as despesas do parlamentar no primeiro trimestre de 2012. Do outro lado, Marquinhos Trad (PMDB), com R$ 22.473,88, é o deputado que menos utilizou o fundo.

Por mês, cada um dos 24 parlamentares da Assembleia tem direito de utilizar R$ 11.250 da verba indenizatória. Contudo, os sete primeiros líderes em gastos ultrapassaram esse limite e terão que readequar suas despesas para não estourar o teto anual de R$ 135 mil.

Na lista estão, além de Arroyo, a deputada Mara Caseiro (PTdoB, gastou R$ 36.974,62) e os parlamentares Maurício Picarelli (PMDB, gastou R$ 35.615,01), Eduardo Rocha (PMDB, R$ 35.199,53), Onevan de Matos (PSDB, gastou R$ 33.980,25), Paulo Corrêa (PR, R$ 33.786,06) e Cabo Almi (PT, gastou R$ 33.759,84).

Do outro lado da tabela, entre os que menos gastaram no período, estão os deputados Marquinhos Trad, Felipe Orro (PDT, gastou R$ 22.572,75), Laerte Tetila (PT, gastou 28.698,90), Londres Machado (PR, gastou R$ 30.449,89), Diogo Tita (PPS, gastou R$ 30.844,47), Márcio Monteiro (PSDB, gastou R$ 31.342,05) e Dione Hashioka (PSDB, gastou R$ 32.298,87). Clique aqui para conferir o valor pago em verbas indenizatórias para cada deputado.

Entre os 24 parlamentares que compõem a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o deputado Alcides Bernal (PP) é o único que não apresentou ao Portal da Transparência o montante gasto com a utilização das verbas indenizatórias no primeiro trimestre do ano.

O que é?

A verba de R$ 11.250 mensais pode ser usada pelos deputados estaduais em despesas com aluguel, manutenção de escritório, alimentação, serviços de consultoria e pesquisa, contratação de segurança, assinatura de publicações, TV a cabo, internet, transporte e hospedagem do parlamentar e assessores, entre outras.

O saldo não utilizado fica acumulado para o mês seguinte, dentro do limite de um ano. Pela legislação, o deputado só recebe de volta o dinheiro efetivamente gasto, comprovado por meio de notas fiscais. Contudo, essas notas ainda não estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência da Assembleia de Mato Grosso do Sul.