Dona de navio que naufragou na Itália admite erro de comandante
A empresa Costa Cruzeiros, proprietária do navio de cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira (13) matando ao menos cinco pessoas, admitiu neste domingo que o comandante Francesco Schettino “cometeu erros de julgamento” e “não observou os procedimentos” para situações de emergência, segundo a agência de notícias France Presse. “A justiça, com a qual a […]
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A empresa Costa Cruzeiros, proprietária do navio de cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira (13) matando ao menos cinco pessoas, admitiu neste domingo que o comandante Francesco Schettino “cometeu erros de julgamento” e “não observou os procedimentos” para situações de emergência, segundo a agência de notícias France Presse.
“A justiça, com a qual a Costa Cruzeiros colabora, determinou a prisão do comandante, contra quem pesam graves acusações”, destacou a companhia.
“Parece que o comandante cometeu erros de julgamento que tiveram graves consequências” e que “suas decisões na gestão da emergência ignoraram os procedimentos da Costa Cruzeiros, que seguem as normas internacionais”, informou a empresa.
Schettino foi detido ontem. Ele é acusado de homicídio culposo (quando não há intenção de matar) múltiplo, de ter provocado um naufrágio e de ter abandonado o navio quando ainda havia várias pessoas a serem salvas.
O procurador da região de Grosseto, Francesco Verusio, que investiga o caso, alega que o capitão realizou uma manobra “malfeita” ao se aproximar excessivamente da ilha. Teria ainda falhado em lançar um alerta de socorro.
Os mortos são um tripulante peruano, dois turistas franceses, um italiano e um espanhol –os corpos dos dois últimos foram encontrados hoje.
No comunicado, a “Costa Crociere” destaca que Schettino, que entrou na companhia em 2002, como responsável de segurança, foi promovido a comandante em 2006, após concluir com sucesso todos os cursos de formação.
A companhia afirma ainda que os membros da tripulação “realizam exercícios de evacuação a cada duas semanas” e que os “passageiros participam igualmente de um exercício” de abandono de navio logo após o embarque.
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