Dólar sobe no último pregão de 2012 e acumula alta de 9,5% no ano

O dólar fechou o último pregão do ano com pequeno ganho, após leves oscilações entre altas e baixas no período da manhã, antes da formação da Ptax, a última de 2012. Após definida a taxa, que servirá de referência para os contratos de câmbio que vencem na virada do ano, o dólar praticamente travou, com […]

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O dólar fechou o último pregão do ano com pequeno ganho, após leves oscilações entre altas e baixas no período da manhã, antes da formação da Ptax, a última de 2012. Após definida a taxa, que servirá de referência para os contratos de câmbio que vencem na virada do ano, o dólar praticamente travou, com oscilações inferiores a R$ 0,01 até o fechamento. Com a valorização de hoje, a moeda encerrou 2012 com ganho acumulado de 9,42%.

“O mercado entendeu o recado do BC e o dólar está dentro do esperado”, disse Reginaldo Siaca, superintendente de câmbio da Advanced corretora. Segundo ele, no ano, o dólar perdeu apenas para o ouro em valorização, ainda que tenha recuado em dezembro, voltando a níveis próximos a R$ 2,05, como queria o governo.

O dólar fechou essa sexta-feira em alta de 0,05%, a R$ 2,045, após oscilar entre R$ 2,041 e R$ 2,048 entre mínima e máxima no dia. Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato de dólar futuro para janeiro, que vence na próxima quarta-feira, subiu 0,04%, para R$ 2,0440. O contrato para fevereiro, que passa a ser referência, avançou 0,26%, para R$ 2,0585.

Até a definição da Ptax, que caiu 0,23% para R$ 2,0435, a moeda americana se manteve sem tendência definida. Após abrir em queda, chegou a subir e se aproximar de R$ 2,05. Depois voltou a cair e novamente a subir, firmando leve alta no fim do pregão.

Após a Ptax, o mercado perdeu liquidez e volume, operando atento às negociações em torno do abismo fiscal nos Estados Unidos e a uma possível atuação inesperada do Banco Central, como a da última quarta-feira, que acabou não se concretizando. Na ocasião, a autarquia realizou dois leilões de swap cambial tradicional, cujo efeito é o de uma venda de dólar futuro, em pouco mais de uma hora. Com a operação, o BC conseguiu forçar uma mudança de patamar do dólar, que passou da faixa de R$ 2,07 para a de R$ 2,05.

A intervenção da quarta-feira, somada às realizadas no início do mês, quando foram flexibilizados controles de capital que limitavam a entrada de dólares no país, levou o dólar a fechar dezembro com baixa acumulada de 4,04%, a maior retração mensal desde janeiro.

No exterior, o Dollar Index, que acompanha o desempenho do dólar ante uma cesta de seis moedas, recuava 0,01%, a 79,68 pontos, enquanto o euro, principal componente dessa cesta, caía 0,13%, a US$ 1,3219.

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