Crédito aumenta e calotes batem recorde em maio, segundo BC

O mercado de crédito no país subiu 1,7% em maio, segundo informou o Banco Central nesta terça-feira (26). O total disponibilizado em empréstimos e financiamentos no Brasil representou 50,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 2,136 trilhões. Já o nível de calotes atingiu 6%, recorde da série histórica do BC, que começou em junho […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

O mercado de crédito no país subiu 1,7% em maio, segundo informou o Banco Central nesta terça-feira (26). O total disponibilizado em empréstimos e financiamentos no Brasil representou 50,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 2,136 trilhões. Já o nível de calotes atingiu 6%, recorde da série histórica do BC, que começou em junho de 2000. Em abril, a inadimplência havia ficado em 5,9%.

O calote de pessoa física subiu 0,2 ponto percentual em maio, para 8%. Já a inadimplência de empresas ficou estável pelo quarto mês consecutivo, em 4,1%.

Mesmo com mais calotes, a taxa média de juros para empresas e pessoas físicas ficou em 32,9% ao ano (ante 35,1% em abril), no menor nível desde 2000, de acordo com o BC.
 
As famílias pagaram taxa média de juros de 38,8%, em maio, com queda de 3 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Esse também é o menor nível da série histórica, iniciada em julho de 1994.
 
O BC informou ainda que o spread bancário -diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final- atingiu 24,7 pontos percentuais em maio, contra 26,3 pontos no mês anterior.
 
Resistência

O governo tem agido para estimular a oferta de empréstimos e financiamentos como mecanismo para levar à uma recuperação econômica mais forte no país ao mesmo tempo em que garante que a inadimplência irá recuar ainda neste ano.
 
Para estimular o crédito, no final de maio, por exemplo, o governo reduziu Imposto sobre Operações de Financiamento (IOF) para operações voltadas a pessoas físicas, mas antes disso já havia colocado os bancos públicos para liderar movimento de redução das taxas de juros ao consumidor final.
 
Os bancos estavam receosos com os sinais claros de aumento de inadimplência, com destaque para a aquisição de veículos.
 
Para o governo, manter o mercado de crédito aquecido é importante para estimular a economia, via demanda interna, neste momento de crise internacional. O próprio BC tem ajudado, ao reduzir em 4 pontos percentuais a Selic, para a mínima recorde atual de 8,5% ao ano, e deve continuar o movimento de queda.
 
O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem dito que a redução da inadimplência vai ocorrer de maneira mais decisiva ao longo do segundo semestre, como resultado da maior qualidade de crédito oferecido a partir da segunda metade de 2011.
 
Além disso, Tombini prevê expansão do crédito ao longo dos próximos trimestres, em contexto de menores taxas de juros e spread bancário. (Com informações da Reuters)

 

 

Conteúdos relacionados