Os trabalhadores estão ansiosos para receber o 13° salário, mas enquanto algumas pessoas querem comprar, outros preferem poupar.

Muitas pessoas estão ansiosas para receber o 13° salário, e mesmo sem ter recebido o dinheiro, seu destino já está comprometido. A primeira parcela do 13° salário está prevista para o dia 30 de novembro, e a segunda, será até 20 de dezembro.

Em Campo Grande, a estimativa de ingresso de recursos na economia local com o 13º salário é de R$ 447 milhões, para um contingente de 275.281 trabalhadores com carteira assinada, entre públicos e privados. O levantamento foi feito pelo DEPE (Departamento de Pesquisas e Estatística) da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) considerando o rendimento médio dos trabalhadores de R$ 1.625,46 (IBGE/dez 2011).

“Vou pagar as dívidas, como sempre faço. Se eu conseguir pagar tudo, já está ótimo”, contou o vendedor Marco Antonio Camacho, de 49 anos. Apesar de muitos desejarem quitar seus débitos, outros destinam grande parte do 13° salário em compras e presentes. “Vou gastar meu 13° integralmente com o meu filho que vai nascer. Vou comprar tudo pra ele”, contou o vendedor Junior Queirós, 24 anos.

De acordo com o 1°secretário da ACICG, Roberto Oshiro, a expectativa do comércio é positiva. “Dezembro é considerado o melhor mês do ano para o comércio, os empresários investem, recuperam a economia e há incremento no faturamento. Haverá um crescimento nas vendas em torno de 4% a 5% em relação ao mesmo período do ano passado”, explicou Oshiro.

Inadimplência

Roberto Oshiro destaca que a redução na inadimplência deve acontecer em breve, devido ao 13° salário e a Campanha “Com nome limpo todos ganham”, em que grandes empresas estão aderindo e os processos de conciliação são incentivados.

No momento, conforme a ACICG, há 120 mil devedores em Campo Grande, gerando mais de R$ 79 milhões em dívidas. Oshiro destaca que a expectativa é recuperar R$ 7 milhões, quase 10%, ou seja, cerca de 12 mil pessoas deixariam de ser inadimplentes.

Os economistas lembram às pessoas para não comprometerem mais de um terço do salário com dívidas, evitando assim, de se tornarem inadimplentes nos três primeiros meses do próximo ano. Segundo os especialistas, o ideal seria poupar uma renda para os futuros gastos. “Vou aproveitar para pagar IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e dívidas”, contou Maryelisa Carneiro, de 47 anos.