Bovespa sobe mais de 1% nesta segunda; dólar passa de R$ 1,83

A Bolsa brasileira fechou em alta nesta segunda-feira (2), encerrando uma sequência de quatro quedas seguidas influenciada principalmente por dados positivos vindos da China, que aliviaram as preocupações sobre a desaceleração da economia do país e tiveram um impacto positivo em ações de commodities, principalmente nas da Vale.

O dólar comercial também fechou em alta, passando de R$ 1,83 pela primeira vez desde janeiro. A moeda norte-americana subiu 0,31%, cotada a R$ 1,832.

Na China, as grandes fábricas apresentaram performance forte em março, com um fluxo grande de novas encomendas elevando a atividade para o maior nível em 11 meses.

“Basicamente, foi a China que animou. Vale e siderúrgicas subiram forte e isso ajuda o mercado a ficar em alta”, afirmou à Reuters o analista Eduardo Oliveira, da UM Investimentos.

Ele ressaltou que dados divulgados nos EUA também vieram acima do esperado, mas embora não tenham sido muito fortes. O Instituto para Gestão do Fornecimento informou que seu índice de atividade fabril nacional aumentou para 53,4, ante 52,4 em fevereiro, ultrapassando a expectativa dos economistas, de 53,0.

A ação preferencial da Vale (VALE5) subiu 2,63%, a R$ 42,55, enquanto a ordinária (VALE3) teve ganhos de 2,59%, a R$ 44,01.

Em siderurgia, a ação da Gerdau (GGBR4) teve alta de 3,38%, a R$ 18,05, enquanto a preferencial da Usiminas (USIM5) teve ganhos de 2,75%, a R$ 12,34.

A preferencial da Petrobras (PETR4), por sua vez, teve queda de 0,51%, a R$ 23,23.

O destaque de baixa, porém, foi Gafisa (GFSA3), com recuo de 4,19%, a R$ 4,12, seguindo o anúncio, em caráter preliminar, de que a companhia encerrou 2011 com prejuízo líquido de R$ 1,093 bilhão, ante lucro de R$ 416,1 milhões em 2010.

Outras ações de construção também tiveram fortes quedas. MRV (MRVE3) caiu 4,25%, a R$ 12,40, enquanto PDG Realty (PDGR3) teve queda de 2,06%, a R$ 6,18.

Fora do índice, Lupatech (LUPA3) caiu 1,92%, a R$ 5,10, após ter informado o cancelamento de contratos com a Petrobras, como parte de seu processo de reestruturação.

Com informações de Reuters.