Bovespa fecha quase estável e dólar avança a R$ 2,072

Após mostrar valorização pela manhã, a Bovespa passou a operar perto da estabilidade na tarde desta terça-feira (26), com alguns investidores aproveitando as recentes quedas para buscar ‘pechinchas’ no mercado, ao mesmo tempo em que o avanço da inadimplência no Brasil e a crise da dívida na zona do euro reforçavam o clima de cautela no mercado.

A correção técnica das ações da Petrobras (PETR4.SA) e da Vale (VALE5.SA) ajudaram a ofuscar a queda do setor bancário, após a inadimplência no Brasil ter atingido patamar recorde em maio.

O dólar encerrou em alta ante o real pelo quinto dia seguido, apesar de o Banco Central ter voltado a atuar no mercado de câmbio. A cotação do dólar comercial subiu 0,31%, a R$ 2,072 na venda.

O BC anunciou um leilão de swap cambial tradicional -que equivale a uma venda de dólares no mercado futuro. Segundo operadores, o anúncio não foi suficiente para impedir a moeda norte-americana de subir, já que o será feito apenas na quarta-feira e o objetivo do BC é rolar contratos com vencimento no dia 2 de julho.

O BC ofertará até 60 mil contratos com vencimentos em 1º de agosto e 3 de setembro de 2012. A autoridade monetária não atuava no mercado havia dez sessões seguidas.

Bolsas internacionais

As ações europeias ficaram praticamente estáveis, perto das mínimas em uma semana, diante das menores expectativas de novas medidas anticrise e contínuas preocupações sobre o crescimento global, mas ajudadas por avaliações de barganhas que começaram a se tornar atraentes.

As Bolsas de Valores asiáticas caíram, com os investidores ainda céticos de que a cúpula dos líderes europeus possa gerar qualquer medida significativa para solucionar a prolongada crise da dívida da região, agora em seu terceiro ano.

O índice Nikkei do Japão caiu 0,81%, atingindo a mínima em mais de uma semana.

“Os investidores querem ver para qual direção o resultado da cúpula irá apontar. Não está muito claro quais acordos específico podem ser realmente feitos, pode haver compromissos em medidas orientadas para o futuro. Então os investidores não podem ser inteiramente pessimistas”, disse o estrategista sênior Hirokazu Yuihama, da Daiwa Securities, em Tóquio.(Com informações de Reuters e Valor)