O anúncio surpreendente da China, de que crescerá menos este ano, e o fraco indicador industrial americano, incentivaram uma nova realização das bolsas americanas nesta segunda-feira.

Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em baixa de 0,11%, aos 12.962 pontos; o Nasdaq recuou 0,86%, para 2.950 pontos; e o S&P 500 perdeu 0,39%, para 1.364 pontos.

O dia começou com uma notícia inédita: a China vai crescer menos este ano. A expansão deverá ser de 7,5%, informou o premiê Wen Jiabao na abertura da sessão do Parlamento nesta segunda-feira. É a primeira vez que o governo chinês reduz a meta de expansão econômica após mantê-la ao redor de 8% por sete anos consecutivos.

Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) da China avançou 9,2%, seguindo uma alta de 10,4% um ano antes. Apenas no quarto trimestre do calendário passado, a economia do país aumentou 8,9%, no confronto anual, o menor ritmo de crescimento em 10 trimestres.

A agenda de indicadores nos EUA foi fraca e nada positiva. As encomendas à indústria no país recuaram 1,0% em janeiro na comparação com dezembro, para US$ 462,58 bilhões. A queda é a primeira em três meses e também a maior em mais de um ano; em dezembro, o aumento de 1,1% originalmente anunciado foi revisado para alta de 1,4%. Analistas previam para janeiro, no entanto, um declínio ainda maior, de 1,6%.

Entre os destaques corporativos, as ações da AIG subiram 2% depois que a seguradora anunciou que venderá US$ 6 bilhões em ações que possui da asiática AIA. Os recursos da venda serão usados para pagar parte da ajuda financeira que a AIG recebeu do governo americano em 2008, de US$ 182 bilhões.