Voto secreto motivou sequência de eventos dramáticos no Senado

A inédita cassação de um senador, em 28 de junho de 2000, foi o primeiro de uma série de eventos que marcaram a história recente do Senado, levando o Congresso a profundas reflexões sobre a instituição do voto secreto dos parlamentares. Com base nesses questionamentos, foi apresentada logo em 2001 a Proposta de Emenda Constitucional […]

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A inédita cassação de um senador, em 28 de junho de 2000, foi o primeiro de uma série de eventos que marcaram a história recente do Senado, levando o Congresso a profundas reflexões sobre a instituição do voto secreto dos parlamentares. Com base nesses questionamentos, foi apresentada logo em 2001 a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 349/2001, de autoria do então deputado Luiz Antonio Fleury, que veda as deliberações secretas em todas as instâncias do Poder Legislativo. A ela se seguiram outras, inclusive uma do senador Paulo Paim (PT-RS), em 2006.

Em fevereiro de 2001, Heloísa Helena desmentiu o boato. “Ou Antonio Carlos Magalhães está blefando ou tentando me envolver na lama”, disse a senadora à Agência Senado.

A violação do painel, afinal confirmada, atingiria o próprio Antonio Carlos Magalhães. Ele renunciaria ao mandato em 30 de maio do mesmo ano, três dias depois da renúncia do então senador José Roberto Arruda (DF), à época no PSDB, que confessou ter tido acesso à lista secreta. Com a renúncia, os dois senadores evitaram a cassação de seus mandatos e voltaram a concorrer nas eleições seguintes. O político baiano morreu em 2007 no curso de um novo mandato de senador.

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