Sob impasse, ativistas aumentam pressão contra Mubarak no Egito

Ativistas antigoverno pediram nesta quarta-feira (9) à população que intensificassem os protestos contra o regime de Hosni Mubarak, no 16º de protestos contra o governo do Egito. Centenas de manifestantes tentavam bloquear a entrada do Parlamento, no Cairo nesta quarta. Militares e veículos blindados vigiavam o edifício do Parlamento, que é dominado pela bancada do […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Ativistas antigoverno pediram nesta quarta-feira (9) à população que intensificassem os protestos contra o regime de Hosni Mubarak, no 16º de protestos contra o governo do Egito.

Centenas de manifestantes tentavam bloquear a entrada do Parlamento, no Cairo nesta quarta.

Militares e veículos blindados vigiavam o edifício do Parlamento, que é dominado pela bancada do Partido Nacional Democrata (PND), de Mubarak.

Os manifestantes sentaram diante do edifício para impedir a entrada no local, próximo da Praça Tahrir, no centro da capital, ocupada por manifestantes há duas semanas.

“Viemos para impedir a entrada dos membros do PND. Ficaremos até que nos dêem o que pedimos. Se não, morreremos aqui”, disse à AFP Mohamed Abdalah, de 25 anos, enquanto os manifestantes gritavam frases contra Mubarak e exibiam bandeiras egípcias.

Milhares de pessoas amanheceram na Praça Tahrir, no centro do Cairo, que virou o ponto focal das manifestações antigoverno..

Ao mesmo tempo, o governo insistiu em que está comprometido com uma transição real de poder no país conflagrado e alertou para um suposto risco de “golpe” caso a oposição insista em uma transição imediata.

O Egito deve discutir as “orientações” políticas do futuro chefe de Estado, afirmou em entrevista  o vice-presidente Omar Suleiman, encarregado de negociar com os oposicionistas.

“O presidente Mubarak é favorável a uma verdadeira transferência do poder, não há nenhum problema”, disse Suleiman em um encontro com jornalistas da imprensa oficial.

Pressionado, Mubarak anunciou que não vai ser candidato a um sexto mandato nas eleições de setembro.

“Mas é preciso pensar no futuro do Egito, e em quem vai conduzir o país para o futuro, não a pessoa, e sim suas qualificações e orientações políticas”, afirmou, em uma provável mensagem aos jovens e à Irmandade Muçulmana.

Ele disse temer que, se a transição não for feita com cuidado, o país pode sofrer um golpe de estado.

Conteúdos relacionados