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Senado cria movimento de apoio à ‘faxina’ de Dilma e senadores de MS ficam de fora

Subiram na tribuna do Senado nesta segunda-feira ao menos 20 senadores para dizer que são favoráveis as medidas de combate a corrupção no governo. Nem Delcídio, nem Moka, nem Russo se manifestaram até o momento
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Subiram na tribuna do Senado nesta segunda-feira ao menos 20 senadores para dizer que são favoráveis as medidas de combate a corrupção no governo. Nem Delcídio, nem Moka, nem Russo se manifestaram até o momento

Capitaneados pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS), um grupo de senadores lançou na tarde desta segunda-feira um movimento multipartidário que apóia a presidente Dilma Roussef no combate à corrupção no governo federal.

Ao menos 20 senadores tinham discursado até o início da noite. Nenhum dos três senadores de Mato Grosso do Sul – Moka, Delcídio e Antonio Russo – tinham defendido a ideia e também usado a palavra em defesa das recentes ofensivas contra a corrupção, como as demissões no Ministério dos Transportes e ainda as prisões de servidores do Ministério do Turismo, ocorridas na semana passada.

Primeiro orador da sessão não deliberativa desta segunda-feira (15), o senador Pedro Simon iniciou um movimento de suporte político à presidente Dilma Rousseff, em suas ações de combate à corrupção no governo, no que chamou de “segunda-feira cívica”, noticiou a Agência Senado.

– Essa sessão será o início de uma nova caminhada, singela, mas tão importante ou mais que as outras – disse o senador, lembrando as campanhas pelas eleições diretas e pela instalação da Assembléia Nacional Constituinte.

A ideia do grupo de senadores que prestaram solidariedade a Dilma, encabeçado por Simon, informou a Agência Senado, é garantir que a presidente tenha apoio institucional no Congresso Nacional, dadas as notícias divulgadas pela imprensa de que ela poderá enfrentar dificuldades para aprovar matérias de interesse do Executivo ou até mesmo ser surpreendida pela aprovação de projetos que desagradam o governo, como o que institui o piso nacional para os policiais ou o que acaba com o fator previdenciário.

Simon disse, citando notícias publicadas pela imprensa, que haveria um movimento dos líderes partidários no Congresso para que estes últimos fossem aprovados “como chantagem”, para limitar as ações da presidente.

Eis alguns senadores que reforçaram a cruzada contra a corrupção: Pedro Simon (PMDB-RS), Pedro Taques (PDT-MT), Ana Amélia (PP-RS), Cristovam Buarque (PDT-DF), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Paulo Paim (PT-RS), Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).

Leia trechos dos discursos dos senadores:

* Em aparte, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) defendeu a criação de uma frente suprapartidária de apoio a presidente que, segundo notícias, estaria sofrendo pressão da base aliada por causa de ações moralizadoras.

* O senador Cristovam Buarque aconselhou a presidente a ouvir os parlamentares que não têm interesse por fazer indicações no governo; que se dispõem não apenas a dar apoio, mas também a sugerir mudanças para um governo imune à corrupção.

* Cristovam avaliou que a formação do governo é fundamental para garantir uma administração limpa. Para ele, a base deve ser constituída sem fisiologismo, com ideologia e a partir de metas. Por outro lado, continuou, é necessário combater a impunidade e promover investigações profundas de todas as denúncias de irregularidades.

* O pronunciamento recebeu apartes dos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Ricardo Ferraço (PMDB-ES), Jorge Viana (PT-AC) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), que também manifestaram apoio às ações da presidente.

* Já o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) afirmou que a oposição jamais teve a intenção de inviabilizar o governo da presidente Dilma, mas disse que é papel dos oposicionistas criticar a corrupção.

* O senador Jorge Viana (PT-AC) manifestou, nesta segunda-feira (15), o seu apoio às medidas de combate à corrupção, observando que isso não pode ser feito cometendo-se abusos. Embora tenha admitido não ter certeza de que a Polícia Federal (PF) tenha cometido abusos ao prender 38 pessoas.

* O senador também rechaçou as opiniões de parlamentares que acusaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter legado à presidente Dilma Rousseff “uma herança maldita”. Rebateu essas acusações dizendo que a forma como o Brasil é visto hoje no cenário internacional, como uma nação que está lidando bem com a crise e que vem promovendo desenvolvimento econômico com inclusão social foi possível graças à política implementada por Lula.

* o senador Humberto Costa (PT-PE) conclamou o Congresso Nacional a apoiar a presidente Dilma Rousseff não em sua “faxina” no governo, como fizeram os demais senadores, mas em suas medidas de austeridade e sobriedade para blindar o Brasil da crise financeira mundial. O senador afirmou se associar aos colegas na campanha pela ética, mas considerar que o combate à corrupção é tão somente uma “obrigação do gestor público”.

* – Quero me solidarizar com a presidente Dilma nessa cruzada contra a corrupção e apoiar todas as ações nesse sentido – disse Eduardo Suplicy (PT-SP). Em seu pronunciamento, o parlamentar leu o artigo do cientista político Alexandre Pereira Rocha “Combate à corrupção, uma luta de todos”, publicado na edição de domingo (14) do jornal O Globo.

* “O combate à corrupção é parte fundamental do processo de consolidação do regime democrático. Assim, cada vez mais nações de todo o mundo se preocupam com o problema da corrupção. Tanto que, atualmente, o problema suplanta os limites dos Estados e torna-se numa questão transnacional. Daí organismos internacionais vêm formulando documentos no intuito de unificar os métodos de enfrentamento à corrupção”, diz o artigo lido por Suplicy. (Com informações da Agência Senado)

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