Queda nos preços da soja e do milho interfere na venda

A safrinha plantada na fazenda do agricultor Modesto Daga servirá apenas para silagem, mas ele ainda tem estocado milho da safra de verão. O agricultor parcelou as vendas, como de costume. Negociou 35% antes de colher e 45% na colheita, a um preço médio de R$ 24. O valor da saca está bem acima do […]

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A safrinha plantada na fazenda do agricultor Modesto Daga servirá apenas para silagem, mas ele ainda tem estocado milho da safra de verão. O agricultor parcelou as vendas, como de costume. Negociou 35% antes de colher e 45% na colheita, a um preço médio de R$ 24.

O valor da saca está bem acima do obtido no ano passado, mas de um mês para cá caiu cerca de R$ 1. Por isso, o restante da safra, 20% da produção, Modesto só vai entregar quando receber uma boa proposta. “Não vendi tudo ainda, tenho alguma coisa para comercializar, por causa desta queda de preço, e a gente está esperando que ele volte à normalidade de R$ 24, R$ 25 para liquidarmos o resto do milho”.

Já não se vê mais soja na região, é época de trigo ou milho safrinha. Os grãos colhidos até o mês passado já não estão mais no campo, mas têm muito produtor que ainda mantém parte da safra nos estoques e continua de olho no mercado.

“Nós entramos agora no período da entressafra, terminou a colheita, o produtor já vendeu o que ele precisava para as suas despesas, prestações de banco e manutenção da propriedade, então agora ele está tendo fôlego para aguardar a recuperação dos preços”, declara Dilvo Grolli, presidente da Coopavel.

Mesmo com a queda nas últimas semanas, o preço da soja está hoje 40% maior do que o de maio do ano passado, no mercado internacional. E o milho subiu quase 90% em um ano.

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