Proibir dinheiro nos ônibus para acabar com assaltos nos ônibus é inconcebível, diz sindicalista

O fim do pagamento em dinheiro pela passagem nos veículos articulados do transporte coletivo em Campo Grande, a partir de 26 de agosto, vai provocar o caos na cidade, segundo José Lucas da Silva, coordenador geral do Fórum Sindical dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul (FST/MS) e presidente do sindicato e federação dos trabalhadores na […]

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O fim do pagamento em dinheiro pela passagem nos veículos articulados do transporte coletivo em Campo Grande, a partir de 26 de agosto, vai provocar o caos na cidade, segundo José Lucas da Silva, coordenador geral do Fórum Sindical dos Trabalhadores de Mato Grosso do Sul (FST/MS) e presidente do sindicato e federação dos trabalhadores na movimentação de mercadorias.

“E não só entre os usuários locais como também entre aquelas pessoas de passagem pela cidade e turistas”, argumenta o sindicalista.

“Como pode uma capital com quase 1 milhão de habitantes adotar uma medida dessas para tentar resolver o problema da falta de segurança? É inconcebível essa decisão”, comentou José Lucas, que está inconformado também com a inércia de toda Câmara de Vereadores que não tem aparecido na mídia para refutar essa “proposta absurda”.

O sindicalista, que é diretor da CNTC (Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio) e CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil ), sugere que os vereadores revejam o assunto enquanto é tempo e evitem o vigor da medida.

“Esse assunto é muito sério. Não dá para ficar parado esperando o que vai acontecer a partir do vigor dessa medida que acaba com o pagamento em espécie pela tarifa de transporte coletivo em Campo Grande. Nem todos os moradores da cidade, que utilizam mesmo de vez em quando esse meio de locomoção, terão condições de adquirir cartões magnéticos”, explica José Lucas.

O sindicalista lança uma pergunta aos vereadores, empresários de transporte coletivo e prefeitura: “como fica a situação de uma pessoa que se encontra, por exemplo, na região das Moreninhas e quer vir para a cidade e não tem o cartão magnético?”

A questão da falta de segurança no transporte coletivo pode ser resolvida com mais policiamento da cidade, diz o coordenador regional do fórum que sugere o aumento do efetivo tanto da Polícia Militar como Civil. Para ele é preciso aumentar também a punidade dos infratores.

“Hoje em dia, quando um ladrão é pego após um assalto a ônibus, logo ele está nas ruas novamente, promovendo o terror junto às famílias e cidadãos de bem. Isso precisa acabar”, afirma José Lucas.

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