Primeiro dia: horário de verão divide a preferência dos campo-grandenses

Serão 133 dias assim e até lá, com certeza, muita gente ainda vai apresentar um argumento favorável ou contrário à mudança no horário.

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Serão 133 dias assim e até lá, com certeza, muita gente ainda vai apresentar um argumento favorável ou contrário à mudança no horário.

Se em plena ‘segundona’, para muita gente, já é difícil sair da cama bem cedo, imagine então para quem não gosta do horário de verão, que teve início à zero hora do domingo (16).

Mas nas ruas de Campo Grande, encontramos opiniões divididas sobre a mudança do horário. “Não gosto, de jeito nenhum. Tem que acordar mais cedo ainda”, opinou Luan Miiller, de 22 anos.

Para o jovem, que atua como garçom em uma pizzaria da capital, as dificuldades continuam quando ele lembra que precisa trabalhar até mais tarde nessa época. “Como demora para escurecer, o pessoal sai de casa mais tarde e também vai embora bem depois, já de madrugada. Fica muito cansativo”.

Os argumentos de Luan não param por aí. “E o pior de tudo é quando a gente tá acostumando com um horário, aí de repente começa o outro”, falou.

Em meio à correria dos usuários do transporte coletivo, que seguem para o trabalho, encontramos alguém bem tranqüilo, esperando o ônibus. Sem estresse e também sem motivos para reclamar do horário de verão. “Pra mim, nunca deveria mudar mais esse horário. Podia ficar sempre assim, gosto muito”, falou José Antonio Ramos.

O caseiro, de 53 anos, comentou que “muitos reclamam que é mais difícil para acordar ou que sentem cansaço durante o dia”. Mas ele diz que não sente nenhuma diferença em relação ao outro fuso e, pelo contrário, tem mais disposição nesse período. “Não tenho preguiça pra acordar cedo e ainda dá pra aproveitar mais o dia porque fica mais longo”.

Por outro lado, mais uma opinião contrária, que vem lá do Assentamento Rancho Alegre, região de Corguinho. “Acho péssimo porque eu trabalho no campo. Tem que acordar cedo demais. Atrapalha até mesmo pra mexer com o gado também”. Esse foi o resumo de Lindaura Batista da Conceição.

Juntamente com o esposo, a trabalhadora rural, que tem 53 anos, planta milho, mandioca, entre outros produtos. Segundo ela, o horário atual também dificulta porque o sol brilha até mais tarde. “Pra quem é desse setor, sofre mais ainda com o forte calor”, completou Lindaura.

Gostando ou não do horário de verão, a realidade é que ele continua até 26 fevereiro de 2012. Milhões de brasileiros que vivem em dez estados das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, além da Bahia e do Distrito Federal, já adiantaram o relógio em uma hora. Serão 133 dias assim e até lá, com certeza, muita gente ainda vai apresentar um argumento favorável ou contrário à mudança no horário.

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