Ao menos 200 policiais militares ocuparam nesta manhã o acampamento “Antônio Irmão”, no município de , onde vivem ao menos 670 famílias de sem-terra que moravam no Paraguai e de lá foram expulsos no ano passado, daí são chamados como brasiguaios. A informação é de Maria de Fátima Vieira, uma das coordenadoras regionais do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra).

Maria de Fátima disse que os PMs “invadiram os barracos dos sem-terra de modo truculento” e vasculham os pertences das famílias. “A situação é tensa no local, como se não bastasse a situação de miséria que enfrentam hoje, as famílias agora estão com medo da ação policial”.

Os brasiguaios tinham montado acampamento na estrada que liga Itaquiraí a Naviraí, mas no ano passado, por força de uma liminar concedida ao Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte), os sem-terra foram tirados de lá.

As famílias construíram outro acampamento na rodovia que liga Itaquiraí ao estado Paraná. O grupo não recebe cesta básica, segundo a coordenadora do MST.

Maria de Fátima informou que no dia 10 de fevereiro passado a entidade se reuniu com representantes do Incra, Ouvidoria Agrária, autoridades estaduais e federais e, na audiência, ficou acertado que os sem-terra receberiam cestas básicas, mas até hoje, segundo a líder, o alimento não foi distribuído no acampamento.

Ela não soube dizer o motivo do corte das cestas. Nesta manhã, Maria de Fátima tem feito contatos com as autoridades para denunciar a operação supostamente truculenta da PM.

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