Após denúncias de que haveria caça constante na Fazenda Cordilheira, localizada às margens do rio Negro, no Pantanal, a PMA (Polícia Militar Ambiental) de Aquidauana realizou fiscalização na propriedade e prendeu o proprietário da fazenda, de 44 anos, com sete armas de fogo especiais para a prática de caça. Outras duas pessoas foram encaminhadas à delegacia por suspeita de caça.

Os policiais apreenderam uma espingarda carabina calibre 44 (uso restrito), uma espingarda carabina calibre 38, uma espingarda carabina calibre 22, um garrucha calibre 22, um revólver marca Taurus calibre 38 e dois revólveres calibre 22.

Além das armas, foram apreendidas 19 munições calibre 44, sendo 15 deflagradas, 176 munições calibre 22, sendo duas deflagradas e 97 munições calibre 38, sendo 61 deflagradas. As armas e munições não possuíam documentação.

Na sede da fazenda, os policiais não encontraram nenhum animal abatido e o proprietário negou a prática de caça, apesar de ter confirmado que as armas eram suas.

Em relação às duas pessoas que estavam na fazenda, ele disse que iria dar uma carona.
Os tipos de armas e a farta munição encontrada indicam que as denúncias de caça poderiam ser verdadeiras. Na fazenda ainda foi apreendida uma motosserra que não possuía Licença de Porte e Uso. O proprietário da fazenda foi multado em R$ 1 mil.

Diante do crime de posse ilegal de arma de uso restrito, foi dada voz de prisão ao proprietário rural que foi conduzido juntamente com o material apreendido à delegacia de Polícia Civil de Aquidauana. Ele foi autuado em flagrante, na madrugada desta quarta-feira (16).

A pena para o crime de posse de arma de fogo de uso restrito é de três a seis anos de reclusão. Os dois homens também foram encaminhados para serem investigados.