Pan: Seleção feminina volta a perder nos pênaltis e fica com a prata no futebol
Se passaram pouco mais de três meses e o triste roteiro se repetiu. Assim como no último Mundial, a Seleção Brasileira sofreu um gol no fim do tempo regulamentar e, nos pênaltis, foi derrotado. Se na competição anterior o adversário era os Estados Unidos, pelas quartas de final, nesta quinta-feira o algoz foi o Canadá, […]
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Se passaram pouco mais de três meses e o triste roteiro se repetiu. Assim como no último Mundial, a Seleção Brasileira sofreu um gol no fim do tempo regulamentar e, nos pênaltis, foi derrotado. Se na competição anterior o adversário era os Estados Unidos, pelas quartas de final, nesta quinta-feira o algoz foi o Canadá, que tirou na equipe a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Após empate em 1 a 1 nos 90 minutos e na prorrogação, o Brasil perdeu por 4 a 3 nos pênaltis, ficando com a prata.
Partiu do Canadá a iniciativa do ataque desde o início da partida. Com uma marcação adiantada, a equipe pressinava o adversário em seu campo defensivo. E foi aproveitando os espaços deixados que a Seleção Brasileira achou um gol aos três minutos de partida. Débora partiu em velocidade e, de fora da área, arriscou o chute. A bola foi no ângulo, sem chances para a goleira Karina LeBlanc, fazendo 1 a 0.
Com a vantagem, o Brasil recuou ainda mais, dando ao Canadá os espaços ncessários para atacar. Apenas Débora ficava no campo ofensivo quando a Seleção não tinha a bola, facilitando a saída de bola do adversário. Então, a equipe canadense criou chances de gol e por pouco não abriu o placar. Sinclair e Sesselmann tiveram boas oportunidades, mas não acertaram o alvo.
Na base dos chutões, faltas e raros lances de habilidade individual, o Brasil foi para o intervalo com a vantagem no placar. Mas em campo, o clima estava longe de ser de tranquilidade. Quando a árbitra determinou o fim do primeiro tempo, o apito soou como alívio para a equipe de Kleiton Lima.
O Brasil voltou para o segundo tempo melhor posicionado em campo, principalmente na defesa. Como resultado, sofreu menos pressão do Canadá, que, mesmo assim, tinha melhor posse de bola. No entanto, a Seleção apresentava bom toque e conseguia se sair melhor nos contra-ataques, apesar de não construir sólidas chances de gol.
Mas foi apostando na troca de passes que o Brasil começou a se impor na partida. Aos 22 minutos, a dupla de ataque combinou uma tabela que quase resultou em gol. Thaís lançou Débora e se posicionou na área para receber o passe da companheira. A atacante chutou, e LeBlanc defendeu. Na sequência, Maurine cobrou escanteio, e a goleira salvou um gol olímpico.
Sem ser tão ameaçado pelo Canadá, o Brasil passou a valorizar a posse de bola, praticamente anulando as jogadas ofensivas do adversário. A equipe criou jogadas claras de gol, mas foi incompetente nas conclusões. Então, num lance de desatenção da marcação a Seleção sofreu o empate. Após cobrança de escanteio aos 42 minutos, Christine Sinclair subiu mais do que a goleira Bárbara e cabeceou para fazer 1 a 1. Assim, a decisão foi para a prorrogação.
No tempo extra ficou clara a diferença entre a condição física das duas equipes. Enquanto o Canadá se mostrava inteiro e tomava a iniciativa do ataque, o Brasil aparentava cansaço e se limitava a dar chutões para afastar o perigo. Na arquibancada, a torcida mexicana não estava nem aí. A maior distração era pegar as bolas que eram chutadas para arquibancada e passar de mão e mão, sem devolver para o campo.
O empate se manteve, e a decisão foi para os pênaltis. Grazielle e Débora desperdiçaram para as brasileiras, decretando a derrota por 4 a 3.
O Brasil jogou com a seguinte formação: Bárbara, Bagé, Karen, Bagé e Tânia Maranhão; Maurine, Francielle, Formiga, Rosana (Ketlen) e Maicon; Thaís (Grazielle) e Débora.
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