Osteoporose também pode afetar crianças e adolescentes

Mais do que conhecida entre pessoas mais velhas, principalmente mulheres pós-menopausa e homens a partir dos 65 anos, a osteoporose também pode atingir as crianças. No dia em que é lembrada a data mundial contra a doença (20 de outubro), o Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad) alerta que a fragilidade dos […]

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Mais do que conhecida entre pessoas mais velhas, principalmente mulheres pós-menopausa e homens a partir dos 65 anos, a osteoporose também pode atingir as crianças. No dia em que é lembrada a data mundial contra a doença (20 de outubro), o Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad) alerta que a fragilidade dos ossos na garotada pode estar associada a fraturas de repetição, com história familiar de osteoporose, com alterações nas radiografias.  Outro fator de risco é a presença de doenças crônicas que levam ao uso de medicamentos que baixam a densidade óssea (como o corticóide, usados normalmente em crises respiratórias ou alérgicas). De acordo com o coordenador do Centro de Ortopedia da Criança e do Adolescente do Into, Pedro Henrique Mendes, tanto em crianças quanto em adultos, é muito importante que a doença seja diagnosticada precocemente.  “Se identificada no primeiro estágio temos muito a fazer para assegurar uma boa evolução no tratamento”, ressalta.
 
Outra causa muito representativa, que chega a atingir cerca de 25% das crianças,  é a baixa ingestão de cálcio entre os jovens intolerantes à lactose – que, por não poderem consumir laticínios, acabam ingerindo menos cálcio, mineral essencial para os ossos – e entre crianças com alguma doença inflamatória intestinal – que acabam tendo dificuldades de absorção de alguns nutrientes, como cálcio e vitamina D. Há ainda casos em que a osteoporose infantil não apresenta um motivo evidente de perda de densidade óssea. Os principais exemplos de osteoporose, nestas situações, são a osteogênese imperfeita e a osteoporose juvenil idiopática. A osteogênese imperfeita tem maior incidência em certas famílias e leva à perda importante de estatura decorrente das fraturas. A osteoporose juvenil idiopática costuma surgir na pré-adolescência ou adolescência e a perda da massa óssea pode durar por 4 a 6 anos, levando a aparecimento de fraturas. “O Into lida principalmente com crianças com osteogênese imperfeita. Operamos fraturas e correcão de deformidades angulares”, define o ortopedista.
 
De acordo com o Pedro Henrique Mendes, a massa óssea é formada durante a juventude e começa a sofrer uma queda após os 30 anos. Para prevenir e também como parte do tratamento para quem já sofre com o problema, o incentivo dos pais para a prática de exercícios físicos como dança ou natação, por exemplo, alimentação correta, principalmente ingestão de laticínios, exposição ao sol em um período mínimo de 15 minutos ao dia e atenção aos remédios são essenciais. Uma suplementação alimentar rica em cálcio e vitamina D fica a cargo do especialista,” conclui.

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