Duas mulheres foram presas nesta segunda-feira (28), por volta das 15h30, durante uma barreira da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) em um posto da Policia Rodoviária Federal, na BR 262 no KM 383, em Terenos, município localizado a 27 km de Campo Grande (MS).

Uma das mulheres é corumbaense e estava com 708 gramas de pasta base de cocaína, que é o estado bruto da droga. A outra, uma Chilena, tinha 2.210 kg do mesmo produto. A brasileira e ajudante de cozinha é Laura Luana Souza Arruda, de 31 anos. Ela informou que iria levar o entorpecente para a cidade de Paranaíba, onde entregaria para um indivíduo conhecido como Soldado, próximo a um posto de gasolina da cidade. Laura receberia R$ 700.00 pelo transporte.

A chilena se chama Paulina Vedia Picha, 48 anos, e possui documentos de origem boliviana. Consta que reside em La Palma, no Chile. De acordo com a Denar (Delegacia Especializada Repressao ao Narcotráfico em Campo Grande), Paulina receberia US$ 200,00 para levar a substância a uma pessoa conhecida como Gordo, aqui em Campo Grande/MS.

Revista

Os entorpecentes foram descobertos após investigações da Denar em um ônibus de itinerário que faz Corumbá a Campo Grande. Inicialmente, a polícia encontrou a droga na mala de Laura e depois descobriu uma outra parte ao revistá-la. Ela estava usando uma espécie de absorvente com o entorpecente. Em seguida chegaram até a chilena, que usava um fraldão feito com pedaço de lona e esparadrapo, no qual tinha mais de 2 kg de droga.

De acordo com o Delegado titular da Denar, Marcos Takeshita explicou que ambas são consideradas mulas do tráfico e que recebem dinheiro para fazer o transporte. Ele ressaltou que nessa organização as mulas, geralmente, nunca conhecem de quem elas adquirem o entorpecente, e para quem elas vão levá-lo. Isso ocorre com o objetivo de dificultar o trabalho da polícia, para não chegar até os traficantes.

As mulheres serão encaminhadas ao presídio feminino de Campo Grande Irma Irmã Zorzi e responderão por tráfico de drogas, que tem pena de cinco a quinze anos. Takeshita salienta que mais de 90% das detentas do presídio respondem por este crime.