O Ministério Público Estadual (MPE), por meio do promotor de Justiça Adriano Lobo Viana de Resende, requereu a devolução para a delegacia de polícia de Cassilandia dos autos do inquérito policial sobre o homicídio do comandante da Polícia Militar daquela cidade, Mário José Eufrásio da Silva, que aconteceu no dia 15 de outubro.

Em caráter de urgência, o promotor justifica que “diante da elevada importância dos laudospericiais, pendentes de juntada aos autos, e também sopesando a informação de que parte dos mesmos estaria pronta em poucos dias, o Ministério Público Estadual requer a devolução dos autos à DEPOL (delegacia de Polícia) para conclusão das investigações…pugna pela dilação de mais 10 dias, com a imediata devolução dos autos.”

O documento é datado de 4 de novembro, portanto o delegado titular da Depol de Cassilandia tem até o próximo dia 14 para mandar de volta ao MPE os autos com conclusão da investigação da morte do comandante. O indiciado como autor da morte é o soldado Adriano Paulo da Silva.

De acordo com o delegado titular de Cassilandia, Rodrigo de Freitas o inquérito policial deve ser concluído entre terça e quarta-feira da semana que vem, isto porque nestes dias devem chegar os laudos periciais da criminalística de Campo Grande sobre os projeteis e seus respectivos calibres que atingiram a cabeça e o peito de Eufrásio.

“Não temos em Cassilandia este tipo de serviço de criminalística e por isto ficamos dependendo de Campo Grande. Chegando os laudos, concluímos o inquérito”, acredita Rodrigo de Freitas. Ainda segundo o delegado, o mais provável é que o disparo do peito seja de calibre 38, que era a arma portada pelo soldado Paulo e a cabeça possivelmente ponto 40, que estava em poder de um policial militar que presenciou a confusão que acabou no assassinato do comandante.

O caso

O tenente Mário José Eufrásio da Silva, 49 anos, comandante da Polícia Militar de Cassilandia, foi assassinado a tiros no dia 15 de outubro deste ano. O crime aconteceu quando a polícia militar foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica. Ao chegar ao local a guarnição teve a informação de que se tratava de um caso envolvendo um militar. Com ânimos exaltados, o comandante da corporação – que estava de férias- foi chamado para tentar acalmar Paulo.

A versão é que quando o tenente foi conversar com Paulo este atirou contra seu superior que correu para traz da casa. O soldado foi então até os fundos da residência e atirou. O tenente morreu no local.

O soldado foi contido e preso em flagrante e depois trazido para o Presídio Militar em Campo Grande. Ele foi indiciado pela prática de homicídio simples.