Dez grupos responsáveis pelas marchas anticorrupção ocorridos nos dias 7 de setembro e 12 de outubro, uniram forças e irão realizar, via redes sociais, a primeira ação conjunta em 35 cidades nesta terça-feira (15), além de preparar um Manifesto Nacional a ser levado ao Congresso.

A proposta é uma resposta às principais críticas ao movimento, de que não possuem demandas políticas claras. Qualquer um pode opinar através da página aberta no facebook, e as sugestões já ultrapassam uma centena. As favoritas são a aprovação da lei que transforma corrupção em crime hediondo, a destinação de 10% do PIB para educação e o fim do foro privilegiado para políticos.

O objetivo de conseguir 1 milhão de assinaturas no documento que ainda não tem prazo estipulado para ser elaborado, deve ser alcançado após uma peneira nas propostas, que se pretende focar na defesa da Lei da Ficha Limpa, punição severa para os crimes de corrução e fim do voto secreto no Congresso.

No Brasil, marchas organizadas por redes sociais geram ceticismo em analistas que acreditam ser necessária uma liderança clara para que estes movimentos ganhem consistência.

Há poucas chances das manifestações contra a corrupção tomarem no Brasil as dimensões que protestos semelhantes ganharam no resto do mundo – como a Primavera Árabe e o movimento Occupy Wall Street. No Oriente Médio, na Europa e nos Estados Unidos.