Morte súbita de bebê que dormia de bruços provoca alerta aos pais

Criança de sete meses morreu na manhã desta quinta-feira (6) em Campo Grande. Especialistas garantem que dormir de barriga para cima reduzem risco em até 70%. Foto mostra mãe da criança (segurando bolsa) indo registrar caso na delegacia

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Criança de sete meses morreu na manhã desta quinta-feira (6) em Campo Grande. Especialistas garantem que dormir de barriga para cima reduzem risco em até 70%. Foto mostra mãe da criança (segurando bolsa) indo registrar caso na delegacia

Um bebê de sete meses morreu de parada respiratória na manhã desta quinta-feira (6) no bairro Jardim Uirapuru, em Campo Grande. Emily era filha de Elisângela de Souza Albuquerque (18), e de acordo com o relato da mãe à polícia, a criança dormia de bruços.

Por volta das 6 horas, Emily mamou no peito e dormiu ao lado da mãe. Cerca de 1h30 depois, ela notou que a filha teve refluxo e não se mexia mais. Ela chamou o Samu, mas a criança foi encontrada sem sinais vitais quando os socorristas chegaram à residência.

O delegado da 5ª DP, Paulo Henrique Sá, disse que o bebê tinha sinais de que era bem tratado e alimentado, e que o cartão de vacinação estava em dia. A mãe tinha vacinado a filha havia três dias, mas o delegado não crê na hipótese de que a imunização tenha provocado algum tipo de reação alérgica. Elisângela disse que a filha ficou um pouco enjoada depois da vacina e rejeitava ocasionalmente alguns alimentos, mas era uma menina alegre e saudável.

O fato chama a atenção para uma triste realidade: a morte súbita de bebês com até um ano. De acordo com a Pastoral da Criança, não há estatisticas mas acredita-se que as ocorrências sejam em torno de 1,0 por mil nascidos vivos.

A Sociedade Brasileira de Pediatria garante que a melhor posição para os bebês é dormir de barriga para cima. Isto reduz em até 70% os riscos de morte súbita, e a recomendação é baseada em estudos clínicos internacionais.

Mesmo assim, muitas mães têm receio de que os filhos se afoguem com leite, por exemplo. Nesses casos, recomenda-se fazer a criança arrotar antes de deitá-la. Bebês apressadinhos e que mamam rápido ficam com excesso de ar no estômago, o que provoca desconforto e pode levar a refluxos.

Se o bebê engasgar com o vômito, isto acontece menos de barriga para cima, pois ele consegue mexer o pescoço. De lado, ele não tem como se mexer e, se vomitar muito, respirará na poça de vômito.

Saiba mais: 10 dicas que as mães precisam saber sobre a amamentação

Para ajudar a divulgar a posição correta do sono, a Pastoral da Criança lançou campanha que tem como tema “Dormir de Barriga para Cima é mais Seguro”. Confira as principais dicas:

Na hora de dormir

– Evitar o excesso de roupas e fraldas que possam dificultar os movimentos do bebê e superaquecer.

– Deixar os braços do bebê livres, para fora das cobertas, assim, evita-se que ele deslize na cama e fique com a cabeça embaixo das cobertas.

– Deixar a cama livre de almofadas, travesseiros, bichos de pelúcia e outros brinquedos que possam dificultar a respiração do bebê.

– A temperatura do quarto deve ser confortável para um adulto vestindo roupas leves. O bebê não deve parecer quente ao ser tocado.

Não exposição ao cigarro

– Os pais devem evitar a exposição do bebê ao fumo e fumaça. Bebês de mães que fumaram durante a gestação tem três vezes mais riscos de morte súbita do que os bebês de mães não fumantes.

Amamentação exclusiva até os 6 meses de idade

– O leite materno previne a morte súbita e protege o bebê contra várias doenças, como alergias, diarréias, resfriados e infecções urinárias e respiratórias. Mamar também desenvolve e fortalece a musculatura da boca e do bebê, melhorando a mastigação, o ato de engolir e a fala.

– Além disso, este é um momento muito especial entre a mãe e o bebê, que fortalece a relação entre mãe e filho e transmite segurança, carinho e o amor que ele precisa para se desenvolver bem. Até os seis meses, o leite materno é tudo o que o bebê precisa para ficar bem alimentado. Depois dessa idade, é preciso dar leite de peito e também outros alimentos. (Fonte: Pastoral da Criança)

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