Mato Grosso do Sul é sertanejo e muito mais

Quando se fala em música de Mato Grosso do Sul não tem como não pensar em sertanejo. Entretanto, grupos daqui mostram que somos isso e muito mais

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Quando se fala em música de Mato Grosso do Sul não tem como não pensar em sertanejo. Entretanto, grupos daqui mostram que somos isso e muito mais

Quando se fala em música de Mato Grosso do Sul não tem como não pensar em sertanejo. É essa a música que mais exportamos, é essa a música pela qual todos nos reconhecem. Afinal, são várias as duplas sertanejas que saíram daqui e despontaram pelo país levando nosso nome.

João Bosco e Vinicius, Maria Cecília e Rodolfo e o jovem Luan Santana são conhecidos em todos os lugares do Brasil. Sonhando em chegar onde eles estão, muitos outros nomes lutam para ser reconhecidos.

Luís Fernando e Zé Miguel fazem parte deste grupo que sonha com a fama. Os meninos estão bem. Já participaram do programa do Ratinho e gravaram música com o cantor Latino. Eles contam que a experiência foi muita boa. “O Latino é uma referência nacional. Foi muito bom gravar com ele. É incrível uma gravação desse porte”, contam, encantados com as próprias conquistas.

Os amigos, que se conhecem desde a quarta série, revelam que começaram a cantar como brincadeira nas rodas de tereré e que o incentivo dos pais foi fundamental para estar onde estão. “O pai praticamente pagava os amigos pra gente tocar. A gente ia para o bar de um amigo do pai e ele mesmo dava dinheiro para o pessoal colocar dentro do violão, ou pagar nosso cachê”, conta Zé Miguel.

“Nossos pais foram os principais incentivadores. Os que mais contribuíram para que insistíssemos em nossa carreira”, revela Luís Fernando. 

Herança musical

Já Gabriel Sáter teve uma história bem diferente. Filho de pai famoso – Almir Sáter – o jovem artista cresceu no meio musical. Sua influência também está ligada à música regional, a essência de seu estado, como afirma.

Mas seu estilo é outro. O jovem artista diz que não sabe classificar em que categoria sua música se enquadra. “Uns dizem que é MPB moderna, outros que é MPB de fronteira, não sei; sei que sou pantaneiro e que minha influencia é essa”, diz.

Gabriel, que se mudou para São Paulo para ter mais oportunidade de trabalho, conta que a criação que teve no estado foi determinante na sua formação musical. “Minha música é híbrida, um som mais misturado, com tudo isso que ouvi desde criança”.

O músico que tem feito sucesso fora do estado aponta que falta mais incentivos para os artistas regionais e, segundo ele, Mato Grosso do Sul tem tudo para ser uma potência musical. “Temos grandes artistas aqui, Geraldo Rocca, família Espíndola, Guilherme Rondon, Dino Rocha, Marcelo Loureiro e o grande Paulinho Simões, entre tantos outros. Temos todos os atributos para sermos grandes na música”.

Herança do Samba

Assim como Sáter, as meninas do samba do Mato Grosso do Sul, Renata, Luciana e Magali nasceram com a batida em casa.

Luciana, voz e violão, da banda Sampri, conta que em sua casa tocar um instrumento e se reunir para batucar é coisa de família. “O pai toca violão, percussão e teclado. Meu avô também toca. Todos estiveram sempre envolvidos com música”.

As meninas, como são conhecidas pelos fãs, tocam profissionalmente desde 2004. E a rotina não é mole, não. Diferente dos garotos sertanejos e de Gabriel, elas não vivem da música e precisam manter outras atividades para continuar tocando.

Entretanto, Luciana revela que a música está cada vez mais forte na vida delas e que as três pretendem se dedicar mais. Segundo ela, em 2012 vão priorizar o samba em suas vidas.

Percussoras no samba feminino de Mato Grosso do Sul, a vocalista revela que precisaram quebrar barreiras. “As pessoas achavam que nós éramos dançarinas. Ninguém acreditava que chegávamos e iríamos tocar”.

Ela diz que hoje tudo está mais fácil, o grupo já tem um trabalho reconhecido e as mídias digitais tem contribuído para mostrarem o trabalho dentro e fora do estado.

Hip Hop 

Ao contrário do Sampri, o Falange da Rima nasceu dançando. O grupo que hoje se dedica ao rap, música do hip hop, começou dançando break em meados de 1989. Hoje, Xis, Magão, Flint, Cleyr, TGB e Pongo cantam a realidade de Mato Grosso do Sul nas rimas que fazem a cabeça da garotada.

Somente com composições próprias, o grupo já se apresentou em Cuiabá e várias cidades do interior paulista. Magão conta que eles estão terminando o 2° CD – com incentivo do FIC (Fundo de Incentivo à Cultura) – e que em breve todos vão poder escutar um pouco mais das rimas afinadas e afiadas do grupo.

Eles revelam que foram percussores do movimento hip hop no estado e que se orgulham muito disso. Mas, apontam: não basta ser o primeiro tem que ser bom.

O Falange da Rima sabe a responsabilidade que tem por ter sido o primeiro. “Temos que mostrar sempre que estamos evoluindo para a garotada que está ai se espelhar na gente”, diz Cleyr.

O grupo finaliza dizendo que o hip hp do Falange “é do Mato, é daqui”. “A gente tem que cantar o que jovem quer ouvir, o que Campo Grande quer ouvir. Retratamos a nossa realidade, somos um rap regional”.

Para conhecer os artistas:

https://www.facebook.com/profile.php?id=100001072528484
https://www.facebook.com/profile.php?id=100002223406383
https://www.facebook.com/gabrielsater2
https://www.facebook.com/pages/Sampri/136810189746450
http://www.youtube.com/watch?v=YT7oA2eIin4

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