Mais de 39% da população brasileira está fora do sistema bancário, diz Ipea
Mais de 39% da população brasileira está excluída do sistema bancário, sendo que as mulheres constituem a maior parte deste contingente, segundo dados do estudo Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Bancos: exclusão e serviços, divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Dentro desta parcela da população que não […]
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Mais de 39% da população brasileira está excluída do sistema bancário, sendo que as mulheres constituem a maior parte deste contingente, segundo dados do estudo Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) sobre Bancos: exclusão e serviços, divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Dentro desta parcela da população que não está bancarizada, 40,6% deseja ter uma conta bancária e 26,6% acredita ter o perfil definido pelos bancos como público-alvo. “É um estrato da população de baixa renda e de pouca escolaridade, mas que representa uma importante parcela e que vem sendo absorvida pelo mercado de trabalho, estimulada pelo crescimento econômico. Há, todavia, que se criar produtos e serviços específicos para esta população de modo a incorporá-la ao sistema bancário e socializar o acesso a esse serviço público operado por concessão”, destaca o estudo.
Outro ponto de destaque da pesquisa diz respeito ao baixo percentual da população que percebe a função de concessão de crédito como intrinsecamente bancária. Para 62,1% dos entrevistados, a principal função de um banco é a de movimentar/guardar dinheiro; para 29,5% das pessoas, o tarefa da instituição é oferecer produtos e serviços/pagar contas; e somente 4,5% dos brasileiros entendem que emprestar dinheiro seja a principal função de um banco.
“Há de se investigar mais detalhadamente as causas dessa percepção: lembranças inflacionárias; altas taxas de juros; conservadorismo das instituições bancárias; modelos de negócios inadequados, burocracia processual. Essas possibilidades (…) podem estar obrigando a população, ou pelo menos parcela dela, a recorrer a outros meios de obtenção de crédito, nem sempre lícitos ou bem regulados, mas que com certeza a oneram de forma mais abusiva”, diz o texto do Ipea.
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