Jovens secundaristas e universitários de Campo Grande participam do movimento nacional anticorrupção e saem em caminhada pela Avenida Afonso Pena, do Parque das Nações Indígenas até o Ministério Público Federal (MPF) onde cinco representantes são recebidos pelo Procurador Ramiro Rockenbach da Silva Matos Teixeira de Almeida.

O movimento é independente, sem vinculações ou raízes políticas e se soma às outras 35 cidades brasileiras que promovem, também, manifestações. O movimento nasceu através das redes sociais (facebook, twitter etc.) e vem ganhando corpo, mesmo que especialistas estejam céticos em relação ao movimento sem liderança definida.

Em Campo Grande, o grupo que se denomina Explícitus, participa pela primeira vez do movimento, mas tem a clara intenção de disseminar a ideia e engrossar suas fileiras. Aqui também não existem lideranças, conforme relataram à reportagem os participantes Mateus Carneiro, Renan Netto e Ian Odara, todos estudantes do 3° ano do ensino médio.

A caminhada seguiu tranquila no trajeto entre o Parque das Naçoes Indígenas e o MPF, na mesma avenida, e o grupo foi engrossado por pais e amigos dos manifestantes, chegando a reunir mais de 100 pessoas em frente ao Ministério.

O movimento

Dez grupos responsáveis pelas marchas anticorrupção uniram forças e realizam, via redes sociais, a primeira ação conjunta em 35 cidades nesta terça-feira (15).

Através de página aberta no facebook, todos podem enviar sugestões que irão compor um Manifesto Nacional a ser levado ao Congresso e, entre as mais sugestionadas estão as que pedem aprovação de lei que transforme corrupção em crime hediondo, destinação de 10% do PIB para educação e o fim do foro privilegiado para políticos.