Em reunião com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em Caracas, a presidente Dilma Rousseff pregou a integração entre os países da América Latina como uma das armas para enfrentar a crise econômica internacional, ao lado do investimento econômico e da geração de emprego.

Em discurso a ministros dos dois países após a assinatura de diversos acordos de cooperação, Dilma ressaltou o passado de “exploração” e “colonialismo” sofrido por países latino-americanos para ressaltar a necessidade de aprofundar as relações econômicas com os vizinhos.

“Apostamos nessa integração como motor de desenvolvimento. Neste mundo, que está num processo de crise, nós temos que enfrentá-la não fazendo com que nossos países paralisem seu consumo e a geração de empregos”, disse a presidente.

Dilma afirmou que “por experiência própria”, os países latino-americanos conhecem os danos da recessão. “Só podemos sair da crise com investimento econômico e não com recessão. Nós necessitamos crescimento econômico e a nossa integração sempre vai gerar maior crescimento”, completou.

Dilma chegou por volta das por volta das 19h (horário de Brasília), na capital da Venezuela, Caracas. É a primeira viagem oficial da presidente ao país vizinho, que sedia até sábado a III Cúpula da América Latina e do Caribe sobre Integração e Desenvolvimento (Calc).

Durante o encontro com Chávez e ministros, foram assinados acordos nas áreas de energia, petróleo, habitação, TV digital, entre outros, além da compra de aviões da Embraer pela Venezuela.

Dilma fica no país vizinho até sábado (3), quando retorna para Brasília. Nesta sexta, já há encontros bilaterais marcados com o presidente da Bolívia, Evo Morales e com a presidente da Argentina, Christina Kirchner.