Ninguém confirma oficialmente, mas informações obtidas pela reportagem confirmam que Celso foi detido na madrugada deste sábado (7). A Polícia Civil não esclareceu quais as condições e motivo da prisão.

Celso Roberto Costa, o homem que fez denúncias sobre um suposto esquema de favorecimento na entrega de casas populares foi conduzido para o Grupo Armado de Repressão a Assaltos, Roubos e Seqüestros (Garras), na madrugada deste sábado (6).

Celso gravou diversos vídeos com as denúncias e incluiu comentários de cunho pessoal envolvendo um assessor direto do governador André Puccinelli (PMDB) nas gravações, que chegaram a ser veiculadas pela internet, mas foram tiradas do ar por liminar pedida pelo secretário de Estado Osmar Jerônymo.

Na sede do Garras, ninguém confirma a “estadia” de Celso, o Mário Covas, em uma das celas provisórias. Porém, a reportagem obteve informações de que ele realmente está lá e mantém um “bom comportamento”, desde que foi detido.

A reportagem tentou obter informações sobre em quais circuntâncias Celso foi detido e quem cumpriu a ordem para conduzi-lo.

Na tarde de ontem, Celso prestou depoimento para a delegada Rosely Molina, da delegacia de Defraudações, que fica na sede do Cepol (Centro Integrado de Polícias). Pessoas que disseram ter pago ao homem para terem seus nomes como preferenciais na lista de espera por uma casa popular também depuseram.

O caso

No inicio da tarde de ontem, Celso Roberto Costa foi preso por policiais militares e foi levado para a Delegacia Especializada de Defraudações. A Polícia Civil não informou o motivo da prisão do assessor parlamentar.

Ele denunciou um suposto esquema de favorecimento na distribuição de casas populares que funcionaria no gabinete do vereador Vanderlei Cabeludo (PMDB), na Câmara Municipal de Campo Grande.

Após gravar em vídeo as denúncias e citar até um assessor direto do governador André Puccinelli (PMDB) nas acusações, que chegaram a ser veiculadas na internet, mas foram tiradas do ar.

Celso disse na entrevista, veiculada pelo site UH News, que o gabinete do peemedebista funcionava como uma espécie de balcão de venda de casas populares. Uma mulher que também prestou depoimento à polícia confirmou que era Celso Costa quem intermediava o negócio.

Dayane Simões Barbosa, 25, disse ter entregue R$ 600 ao assessor e contou que recebeu dele a promessa de que o nome dela, na espera por uma casa popular, “pularia” para o início da lista e logo era seria favorecida. O benefício, no entanto, segundo ela não ocorreu.