Apesar de serem descontadas diretamente no salário do servidor estadual, as parcelas não foram repassadas ao Banco pelo Governo do Estado e a inadimplência já prejudica o funcionário.

O professor da Rede Estadual de Ensino, Elecir Ribeiro Arce está vivendo um momento constrangedor por causa de um financiamento consignado feito por ele no Banco Santander no início de 2008. Mas a culpa não é dele.

O que deveria ser a solução para os seus problemas financeiros tornou-se uma dor de cabeça sem fim para o professor que leciona a disciplina de história na Escola Estadual Ministro João Paulo dos Reis Veloso na Vila Matos em Dourados.

Elecir conta que tomou emprestado do Santander R$ 13.800,00 que deveriam ser pagos em 48 parcelas de R$ 417,31. A última parcela deverá ser paga em janeiro de 2012.

O servidor público afirma que todos os meses o Governo do Estado desconta em seu contracheque o valor relativo a parcela. Acontece que Ribeiro Arce precisou novamente do banco e ao consultar sua ficha descobriu que já está devendo a quantia de R$ 1.173,74 de juros referentes as parcelas que “deixou de pagar”.

Acontece que o financiamento foi feito de forma consignada onde o Governo do Estado desconta do salário do servidor e repassa para o banco. Elecir Arce conta que desde trigésima parcela vencida em 20 de julho do ano passado o Governo do Estado deixou de fazer o repasse ao banco.

O professor está preocupado com a situação e teme que o seu nome seja negativo no Serviço e Proteção ao Crédito e ao Serasa já que vai precisar novamente de contratar financiamentos na rede bancária para resolver suas questões pessoais.

O professor acredita que o Governo do Estado ao descontar na folha de pagamento e não repassar ao Banco demonstra que quer obrigar os servidores do Estado a fazer empréstimos consignados apenas no Banco do Brasil onde são depositados os salários dos funcionários públicos.

Ribeiro Arce foi comunicado pelo gerente do Santander que ele terá que pagar os juros relativos ao atraso no pagamento das sete parcelas atrasadas e que por causa da falta do repasse por parte do Governo do Estado deixou de operar com créditos consignados a servidores estaduais.