Dólar comercial abre em baixa de 0,06%, a R$ 1,611
O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,06%, negociado a R$ 1,611 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,56% e foi cotada a R$ 1,61 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em alta de 0,14%, a R$ 1,6131. […]
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O dólar comercial abriu o dia em queda de 0,06%, negociado a R$ 1,611 no mercado interbancário de câmbio. No pregão de ontem, a moeda americana recuou 0,56% e foi cotada a R$ 1,61 no fechamento. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), o dólar à vista abriu em alta de 0,14%, a R$ 1,6131.
O mercado brasileiro de câmbio deve seguir hoje a tendência dos últimos dias, de abertura próxima da estabilidade – como se verificou – e de olho no fluxo de recursos para definir um rumo mais consistente. Ontem, os profissionais de mercado puderam comprovar o que já vinha sido percebido: depois de um forte encolhimento dos empréstimos diretos em dólar a partir de abril, em decorrência da cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% nas operações de até dois anos, que derrubou o fluxo financeiro, a enxurrada de dólares foi retomada em maio.
Fechada a torneira dos empréstimos diretos de curto prazo pelo governo, o mercado identificou dois caminhos para ver o dólar fluir de novo. O mais visível foi a aceleração das captações por meio da emissão de títulos privados no exterior com prazos superiores a três anos, que ficaram de fora da elevação do IOF. Até empresas de pequeno porte estão usando essa estratégia para conseguir dólares, ainda que em volume pequeno. O noticiário de hoje na imprensa, por exemplo, informa a captação do banco Ficsa, de US$ 11 milhões, por dois anos e meio.
A outra via envolve os exportadores. Com a taxa de câmbio mais alta eles voltaram a vender os dólares no mercado doméstico. Além disso, aproveitaram o cupom cambial (a taxa de juros em dólar) elevado para fazer uma arbitragem entre os juros externos e internos utilizando derivativos. No mês passado, o cupom cambial rondou 8% na maior parte do tempo e chegou a dois dígitos em vários pregões.
Vale ressaltar que o estreitamento da liquidez em abril não ocorreu somente por conta do encolhimento do fluxo dos empréstimos diretos. O Banco Central (BC) atuou fortemente no mercado à vista e secou ainda mais a oferta de moeda estrangeira, dando gás ao juro em dólar e a essas operações dos exportadores. Ou seja, o BC fechou as entradas excessivas de dólares e comprou moeda para controlar a taxa de câmbio e o nível de crédito. Porém, seu plano de ação abriu uma outra porta para os exportadores trazerem os recursos que estavam represados no exterior.
Por isso, avaliam alguns analistas, o BC já contra-atacou. Nos últimos dias, diminuiu as intervenções no mercado à vista e está deixando sobrar dólares no sistema. Em mais de um pregão, a autoridade monetária fez somente um leilão de compra, quebrando a rotina de duas operações por dia. Ontem, os dados oficiais de até 13 de maio mostraram que as entradas líquidas em dólares no País no mês somam US$ 8,811 bilhões. Outros números mostraram que as compras pelo BC até o dia 11 foram de somente US$ 2,779 bilhões.
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